29 dezembro 2009

Rapidinha...

A sensação é indescritível... Passa a mão pela cabeça, vira pro outro lado. Sonha profundo, como de costume. Sorria feito boba e agradece. Sim, ela chegou lá... A hora da Estrela chegou e ficou: parou de levar os ponteiros à frente com tanta pressa. O tempo se fez amigo desta vez. Não pensa em até quando vai durar, para não perder tempo... Está feliz, e assim pretende se manter, seja em qual situação estiver. Descansa, menina, mulher, amante... Não há fatos, nem correria. Hoje, o sentimento se faz magia.



Feliz 2010 pessoal

04 dezembro 2009

Gente, ganhei um selo! Sempre achei fofa essa iniciativa, mas confesso que não achava que fosse ganhar um dia, rs. Bom, agradeço imensamente a Sah Elizabeth pela lembrança e pelo carinho em me dar o selo! "Brigadão", moça!




Bom, o selo funciona assim:

1. Escolho dez amigos para declarar a minha amizade e os nomeio num post.

2. Em seguida visito os seus blogs e comunico a nomeação.

3. Cada um deverá nomear mais dez, e assim sucessivamente.

Não há prêmios, apenas a nossa declaração sincera de afeto.

Quem não quiser continuar com esse movimento, não precisa, mas que de fato, é super legal participar de algo assim, é. Portanto, deixem-me nomear aqui os blogueiros que mais cativaram tanto eu, quanto Martinha.


E meus blogs indicados são:

http://drformiga.blogspot.com/

http://vidaplenaebem-estar.blogspot.com/

http://ladycraft.blogspot.com/

http://adoravelpsicose.blogspot.com/

http://guabiras.blogspot.com/

http://oiretemeh.blogspot.com/

http://luizcaju.blogspot.com/

http://chargesbira.blogspot.com/

http://goodnightcaptain.blogspot.com/

http://chargesbruno.blogspot.com/

02 dezembro 2009

Ilustre desconhecido

Pois é galera. Primeiro perdemos o ilustre Herbert Richers, e suas dublagens magníficas, dignas da Sessão da Tarde. Agora, mais um ilustre desconhecido partiu. Lombardi, aquela voz tão conhecida cujo rosto, pelo menos eu, passo a ver agora, felizmente com fotos antigas de ainda vivo, morreu. Passou dessa para melhor. Vazou, Caiu do telhado. Se foi... só uma coisa me deixou um tanto intrigada. O cara morreu mesmo ou foi matado?! Não sei não, essa notícia no portal da Caras me deixou um tanto intrigada....


26 novembro 2009

Quando uma história não tem fim


Existem muitas coisas angustiantes na vida de um ser humano, mas sem sombra de dúvida, uma das que mais aflinge as pessoas é a expectativa do fim. Há algo pior do que uma história que não tem fim?

As pessoas mostram uma terrível fobia à morte, mas sofrem mesmo com a ansiedade de chegar ao fim, pois no fim das contas (olha aí a fixação) todo mundo quer saber quando e como vai ser o fim. Não fosse isso, não haveria tantos filmes sobre tantas premonições e documentos a respeito do fim do mundo (que é bom esclarecer logo, é em 2012, certo? Se você está lendo isso depois de 2012, dos dois um: ou o mundo acabou e esqueceram de lhe contar que você está morto, ou eu fui importante para alguma coisa durante a vida e você é um extraterrestre que coletou meus dados para estudar a humanidade, beleza?).

Mas tem um tipo de fim que aflinge a humanidade bem mais que o fim do mundo, ou o fim dos seres humanos ou mesmo a própria morte, enquanto indivíduo. Acreditem, o que as pessoas mais anseiam é o fim de uma história de amor.

Nós, seres humanos, temos uma fixação abominável pela resolução de uma história de amor. Se acha bobagem o que estou dizendo é porque você não é humano, ou é amargurado (corneado, mal amado, nunca amado, nunca amante) demais para não dar o braço a torcer. Uma prova clássica dessa necessidade quase primária é a alienação que sociedade sofre com uma novela televisiva, com os seriados e com os irritantes e pegajosos filmes de comédia romântica. Não se culpe, não os culpe, é nossa natureza! não importa quanto você lute contra ela, você vai assistir ou vai ler a respeito na internet para saber o final (óbvio e pateticamente feliz: os mocinhos ficam juntos).

Infelizmente, a vida real não é pateticamente feliz como nas histórias de amor que consumimos. Nós passamos a vida inteira entre histórias, romances e esquetes que não são coloridas, bem escritas, nem finalizadas, como as ficções. Até aplicamos um pouco de ficção no dia a dia, na tentativa de deixar a situação menos feia, mas a ilusão, na maioria das vezes, só piora nossa situação.

Mas no fim, há histórias que não têm fim (paradoxal). Abortamos as histórias, sangrando deiberadamente nossos sentimentos e colamos outra por cima, como curativo Band-Aid, ou costuramos, feito agulha e linha, intercalando as duas histórias, que quase sempre acabam sendo abortadas, simultaneamente.

Precisamos de mais histórias com fim. Precisamos fundamentalmente de histórias com FINAL FELIZ. Parece presunção, mas creio falar por todos quando afirmo que todo mundo está cansado de ver tanta dor de cotovelo desnecessária, tanto amor "castrado", e tanta gente tremendo burramente ao se encontrar com o outro ser delirante só porque tem medo de como chegar ao fim.

História de amor abortada é história sem fim. Corta essa de que isso passa. Estou falando de amor. A-M-O-R. Amor não passa! Amor, no máximo adormece. Sim, somos capazes de amar várias pessoas ao longo de nossas vidas, desde que as histórias de amor tenham fim, para que a outra nasça. Costurar outa pessoa não vai acabar um amor. Pode prejudicar o tesão e perturbar a paixão entre os que se amam, mas não vai afetar o amor (tá, às vezes intensifica). Ele é que nem filme na televisão: você pode desligar a tevê, mas o filme vai continuar passando, só vai sair da tevê quando acabar. Mude o canal, faça o que quiser, ele está lá, e a grande possibilidade de você voltar a ele, só pra ver o final (que já conhece), também.

Amem com mais força de vontade, pessoal. Se permitam chegar ao fim. Tem estudos afirmando que essas ansiedades, estresses e inseguranças podem até causar câncer. E outra: já falei a vocês, o mundo vai acabar em 2012! Vão abortar suas histórias por conta própria, sabendo que o mundo pode fazer isso por vocês? Vivam suas histórias e pelo amor de Deus, Terminem! Odeio ter que ver uma história pela metade, dá uma vontade tão grande de reescrever tudo para acabar do jeito certo. Não há nada mais enfadonho do que viver de ficção, ou mentiras...

Cérebro vivo a vinagrete

Sem pensar, passou pela porta.
Atravessou a avenida.
Foi ao destino que temia.
Suas partes iam ficando.
Pelas brancas mesas que surgiam...
Antes fosse o neurologista,
Ou quem sabe, o cardiologista.
Maria morreu lentamente
Enquanto seus amores a deglutiam.

17 novembro 2009

Contas

Pensou se não seria muita ousadia intervir dessa forma na vida do outro. Calculou pelo menos dez vezes todo o processo a fim de ter certeza de que não seria em vão. Projetou cada passo, cada trejeito e cada reação possível. Numerou cada pós e contra que havia, avaliou cada obstáculo e pesou cada lucro possivelmente adquirido na nova empreitada.

Ensaiou todas as palavras que seriam proferidas e a reação para cada resposta que pudesse ocorrer. Não haveria surpresas. Estava pronto, ensaiado e vacinado. Poderia finalmente agir sem medos ou ansiedades. Sabia mais do que ninguém o que iria lhe acontecer. Ocorrer, sabia o que iria lhe ocorrer, pois já que sabia, não havia como haver um acontecimento, apenas ocorrência.

Chegou cedo. Retocou o cabelo, ajeitou o pequeno amarrotado, tirou a poeira do sapato. Entrou. Lá estava ela. Bochecha rosada, talvez um pouco mais do que o esperado. Cabelo desarrumado, como já de costume. Sorriso amarelo. Sorriso amarelo? Não calculou isso. Olhar fúgidio? Suor na testa? Mas ela nunca sua...

Jogou os planos e as alianças na turbina do avião. Não embarcou nesse voo por medo dessa atitude, obviamente. Foi para sua nova casa, integralmente calculada e decorada para dois. Calculava sozinho em que parte do cálculo esqueceu de calcular o outro.

15 novembro 2009

Emancipação egocêntrica

Tinha um ego tão grande que mal podia se enxergar. Talvez por isso não fazia mais a barba ou penteava mais o cabelo. Era um homem aparentemente sóbrio, bem sucedido e feliz com sua existência. Mas visto mais de perto, a coisa mudava de história. Não era ele quem aparecia, era seu ego. Esguio, forte, imbatível. Andava em frente ao seu d-o-n-o (melhor não falar a palavra, ele não aceitava muito bem a idéia, afinal de contas, era um ego). Era galanteador, peralta, conduzia sua vida quase de forma independente, se não fosse seu anexo, seu criador.

Tinha que carregar aquele homem desafortunado para todo lugar. Ficava horrorizado quando tinha que olhar para trás, seja qual fosse o motivo, e se deparava com aquela barba espetecada, aquelas calças no meio da bunda e a cara de malandro daquele homem. Se imaginava só, na maior parte do tempo. Isso lhe rendeu perigosos momentos, como por exemplo a vez que foi atravessar a avenida principal por debaixo da passarela (um ego daquele tamanho não sofreria um acidentes) e acabou esquecendo o pobre anexo bem atrás dele. Ficou até um pouco feliz, quando percebeu que seu criador pelo menos seria marcado com aquele brasão lindo da Mercedes. Mas nada aconteceu, o homem escapou fedendo. Fedendo mesmo!

Certo dia, Egocentrus (nessa época já havia se dado um nome) decidiu que não viveria mais assim. Traçou um plano estratégico para se livrar de seu anexo. Já estava tão grande que o homem nem sonhava com o que acontecia em sua frente, limitava-se apenas às suas obrigações diárias: acordar; ser levado pelo Egocentrus; tomar banho quando o mano Ego dava tempo; comer; dormir; e ficar calado o máximo possível para o outro não passar vergonha.

Egocentrus pensou por meses, de que forma um ego poderia viver sozinho, sem seu anexo. O insight veio como algo maravilhoso e assustador. Afinal de contas o que estava fazendo aquele ego maravilhoso, carregando um trapo daqueles por tanto tempo? O Ego se alimentava de ego! Simples assim! Ele só precisava se alimentar de ego, e poderia dar adeus ao criador, ingrato e moribundo, que o fazia passar vergonha, depois de tudo que Ego fez por ele (ok, não fez por ele, mas para si próprio, o que importa é que os dois levavam a glória).

Certo dia, enfim, contrariando toda sua mordomia e estilo de vida, acordou antes do sol pensar em surgir. Pegou suas ferramentas e começou o trabalho. Sentia-se uma cobra passando pela muda. Aquele exoesqueleto contudo era mais trabalhoso, tinha muitos vasos egossanguíneos unidos a ele. Cortou um por um, costurando seus vasos entre si. Um trabalho de mestre. Teve que se conter por um instante, para não crescer demais e ficar ainda mais difícil de se desconectar do criador. Ao final da operação, lá estava ele, cuidadosamente costurado, diante daquela coisa vazia, mórbida, de aspecto sujo e cansado. Diminuiu uns cinco centímetros nesse momento, e sua barriga roncou feito o diabo. Correu com a mala previamente organizada, e tomou destino pro trabalho, que afinal era dele também, deixando lá a coisa oca deitada na cama, ainda vazando algumas gotinhas de egossangue.

Passando dois dias, Ego já estava morando em um belo kitnet de luxo, acompanhado do ego de uma ninfeta que conheceu na noite anterior. No trabalho, incrivelmente todos o reconheciam, mas não sabia bem ao certo o porquê, não falavam com ele. Daí, de repente, vê o "coisa ruim" chegando no escritório. Egocentrus se desesperou em pensar que o homem ainda vivia sem sua presença. Tinha arranjado um outro ego, menorzinho, com uma mordaça que o Superego pôs, talvez para não se alimentar tanto e num tentar fugir como o mano Ego. O Id ficou naquela, sem querer opinar, tinha adquirido medo do Ego, mas também tinha suas vaidades. Ego quase sempre o mimava.

O chefe chamou a equipe no fim do dia. A empresa tinha virado uma bagunça. Egocentrus não só tinha se tornado insuportável, uma vez que não tinha mais id ou superego para lhe reter, mas também tinha ensinado outros egos da empresa a se alimentarem dos egos menores, desencadeando uma onda de depressão em massa, e uma montanha de gente sem conteúdo, sendo deixada pelos cantos. Os funcionários que sobraram, amarraram a boca dos egos na marra, e combinaram de não trocar qualquer palavra de incentivo ou aceitação no trabalho.

Egocentrus foi demitido, junto ao seu antigo dono, que jurava que estava regenerado e que jamais permitiria aquilo de novo em sua vida. Não adiantou. Tiveram que fazer a faxina no ambiente. Egocentrus foi colocado numa daquelas cadeiras de doação de sangue e passou a tarde todinha passando egossangue para as "cascas vazias" e o homem os colocava em seus postos, para finalmente retomarem o trabalho. Saíram lá pelas dez horas da noite, quase.

A demissão foi dada como justa e nem o homem nem Egocentrus (agora pequeneninho e usando fralda improvisada) conseguiram arrancar nem um seguro desemprego para ver se terminavam o mês com uma ”laminha”.

Um dia desses o chefe chegou comentando lá no trabalho que encontrou com os dois indo para um barraco debaixo do viaduto. O homem manteve o ego raquítico que tinha conseguido com a saída de Egocentrus. Este, por sua vez, tava ainda menor, dentro de um vidrinho, pendurado no pescoço do homem, como aqueles grãozinhos de areia enfeitados que o povo compra em feira por cinco reais. Não sabia dizer como aquela ”miséra” continuava existindo. O homem não conseguiu se desfazer dele, afinal, tinha nascido com ele. Daí uma vez por semana olhava pro vidrinho com ar carinhoso fazendo "cutxi-cutxi".

10 novembro 2009

Nothing to do



Percebeu que a frequência aumentava assustadoramente com o passar dos anos. Sempre teve aversão àquela situação, mas não podia evitar, simplesmente acontecia. Naquele dia foi pior, não somente pensou, ou falou, mas também compôs. Sim, pela primeira vez chegou ao ridículo de compor daquela forma! Era insano, era surreal, era errado! Ela não poderia ter feito isso. Odiava tanto aquilo que não podia tolerar o fato de que, sim, ela compôs uma música, e diga-se de passagem, bonitinha, completamente em inglês...


Nothing to do

If you thinking you can kill me, my darling.
It's not a good thing to do.
If you want all my things, my darling.
Don't think you can do.

Let me tell you something, gentleman:
I was looking for you.
And I can garantee you, honey.
I'm so worst than you!

If you thinking about death, oh darling.
That is really not for you.
You can try as you wish, my darling,
But It's too big for you!

So forget all those ugly things you're thinking,
Do something real for your life.
Try be someone better for a while,
Give up! You're already mine.


Pegou o alternativo e foi ao shopping, solfejando essa milacria... Não esqueceu até hoje.

04 novembro 2009

Fim


Cansou. Deu um ríspido basta em todos os que a atormentavam. Nasceu. Descobriu por fim que todo mundo é passível de ser corrompido, de trair, de ser traído pelos seus princípios, e pior, de se tornar um completo idiota. Não havia muito o que fazer.

Partiu. Seguiu um novo rumo inimaginável, contornando fronteiras hostis entre o absurdo e o ofensivo, finalizando exatamente no meio do campo. Olhou para os lados na esperança vã de reconhecer algum rosto favorável. Percebeu contudo, que não tinha armas. Todos seus argumentos, mentiras e respostas prontas haviam acabado, só lhe restava o olhar.

Tinha olhos sanguinolentos, verdadeiramente assustadores, ajudados potencialmente pelos seus óculos brevemente caídos sobre o nariz. Havia também os dentes e sua voz extridente que ela não usava usar. Sabia que esses poderiam trazê-la mais inimigos. E ela era vítima, ao final de tudo, ela era a vítima, preferia se manter assim.

Então, curiosamente ajoelhou-se. Deitou sua cabeça sobre seus joelhos e chorou. tirou seus óculos, colocando-os cuidadosamente no chão, ao seu lado, abraçou seus joelhos, acolhendo-se e encolhendo ainda mais. Todos certamente ficaram pertubados. Não pensariam naquela reação em qualquer momento. Chorava silenciosa, não soluçava nem respirava muito alto. Apenas molhava seu moleton rosa claro denotando verdadeiro desespero, por fim, não era um crocodilo.

Passou-se meia hora e a situação se mantinha, como um quadro de acrílico no meio de um salão cheio de curiosos que nada sabiam sobre aquela arte, a arte de ser humano. Assim, finalmente seu herói chegou, quebrando todo o clima contemplativo e sádico, resgatando a pobre mocinha chorosa ainda encolhida naquele chão quente.

Beijou-a suavemente na testa, talvez a sensação mais reconfortante que ela pudesse sentir dali para frente. Levantou-a vagarosamente. Pôs a f'ragil menina no colo e a levou a cadeira mais próxima. Nada perguntava, apenas esperava aflito por alguma reação.

Finalmente, ela abriu os olhos, não mais aterrorizantes, nem assustados se era o que esperavam, apenas vermelhos. Olhou apática para o rapaz, deu-lhe um breve sorriso retomando em uma fração de segundo ao estado natural. Olhou para o lado, focando um rosto conhecido. Este, raivoso, nervoso, inquieto a fitava de volta. Retomou o olho para o doce rapaz, séria.

Olhou agora para o lado oposto, onde encontrava-se uma mulher, jovem, sadicamente risonha que também a encarava. Sorriu de volta, causando um desconforto descomunal levando a sádica aos prantos. Voltou o olhar para o doce rapaz, já não tão doce assim. Ela a olha assustado, reconhecia a situação.

– Pois é, eu sei. Eu lhe avisei para ser cuidadoso.

– Eu juro, não tive intenção.

– Tudo bem, eu também não tive – fala a debochada encarando o raivoso ali perto.

– Por favor, não faça isso. Pensa, por favor!

– Eu pensei, muito. Afinal, estão todos aqui, não é mesmo?

O herói veste-se de criança, e chora copiosamente sobre o colo da impetuosa mulher. Não leva muito tempo para que comecem a cair, um a um. Os mais resistentes, agitados, percebem então que estão trancados, e inutilmente brigam até a morte. Só mais cinco minutos, e abrirão os portões.

21 outubro 2009

Job's Mortais

Certifico desde já que tudo não se passa de uma obra de ficção. Durante a filmagem nenhum "animal" sofreu quaiquer machucados, e todos os malas da Sedis passam bem. Hehehehehe, eis minha estréia no filme JOB'S MORTAIS, em breve, nas piores salas de cinema.
HAHAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHAHA




E para quem não sabe, essa não é a minha primeira façanha, hahahaha.


14 outubro 2009

Fuck You

Bom, adoro a Lily Allen, e ando meio de saco cheio mesmo de algumas coisas, então aproveito as românticas palavras da mais doce e ácida voz que conheço da atualidade para dar um toque na galera por aí...


Fuck You
Lily Allen

Look inside
Look inside your tiny mind
Now look a bit harder
Cause we're so uninspired,
so sick and tired
of all the hatred you harbour.

So you say
it's not OK to be gay
Well I think you're just evil
You're just some racist
who can't tie my laces
Your point of view is medieval

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause we hate what you do
and we hate your whole crew
So please don't stay in touch

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause your words don't translate
and it's getting quite late
So please don't stay in touch

Do you get
Do you get a little kick out of
being small-minded?
You want to be like your father,
his approval you're after
Well that's not how you find it.

Do you,
Do you really enjoy
living a life that's so hateful?
Cause there's a hole where your soul should be
You're losing control of it
And it's really distasteful

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause we hate what you do
and we hate your whole crew
So please don't stay in touch

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause your words don't translate
and it's getting quite late
So please don't stay in touch

Fuck you, fuck you, fuck you
Fuck you, fuck you, fuck you
Fuck you

You say you think we need to go to war
Well you're already in one
Cause it's people like you
that need to get slew
No one wants your opinion

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause we hate what you do
and we hate your whole crew
So please don't stay in touch

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause your words don't translate
and it's getting quite late
So please don't stay in touch

Fuck you
Fuck you
Fuck you



08 outubro 2009

Despedida de Solteiro (2)

Parecia feliz. Tomou mais uma dose só para acompanhar o amigo que chegou atrasado. Não estava bêbado, nem sequer "alto". Falava com todo mundo, prestava atenção como ninguém. O anfitrião perfeito.

Elogiava um novo brinco ali, ajustava cordialmente uma etiqueta ali, passava a mão para sentir os tão sedosos cabelos acolá. Se sumiu da festa, foi por no máximo quinze minutos para comprar mais uma caixa de cerveja na esquina. À noite veio a notícia.

Sua mãe foi a primeira a ligar:

– Meu Deus, homem! O que você foi fazer?!

Em seguida, seu irmão:

– Porque não falou nada comigo? Qual é, cara? Não podia ter feito diferente?

Foi preso pela manhã, já no limite do estado, onde calmamente se deliciava com a exótica carne cinzenta da receita do Hannibal Lecter. A sogra nunca acreditou em todo aquele jeito cortez. Sempre dizia que "aquele Conde Drácula" ainda ia acabar com sua filha. Ela nunca foi boa com filmes...

05 outubro 2009

Voo 7452 - De repente Natal...(parte3)

Desculpe pessoal, mas acho que a terceira parte desse texto não quer se completar. Mas resumidamente, posso lhes garantir: esse homem da Gol, que ficaria de retornar, não retornou. o documento que seria enviado para a Argentina, também não pode ser enviado, até porque, seria inútil e fora de tempo. Quatro horas após nossa chegada no aeroporto, naquela que seria a viagem de reconciliação da última crise, soubemos que nossas passagens de volta para o Brasil haviam sido marcadas pela empresa sem nos consultar, e nossas malas haviam sido previamente despachadas. Seis horas após pisar no solo mais hostil da minha vida, embarquei em novo avião rumo a Natal.

Devo informar-lhes que até então não tivemos como fazer nenhum registro do roubo sofrido por Maurício. Devo dizer ainda, que tivemos que fazer esse procedimento somente no aeroporto de Guarulhos. Vale ainda salientar que esse procedimento ainda não foi possível, pois chegamos apenas uma hora antes do próximo voo, rumo a Natal, e com a má vontade e lerdeza da escrivã não tivemos tempo de concluir o B.O..

Ah, vocês não podem deixar de saber que a tentativa de fazer o boletim de ocorrência fez com que nós perdessemos a hora para o check-in e eu tive que literalmente gritar aos quatro ventos, dentro do aeroporto de Guarulhos, que não esperaria mais um só minuto naquele aeroporto para voltar para casa. Poia bem, deu certo e o avião, que já se encontrava na pista taxiando para seguir seu rumo, foi interrompido, e nossa bagagem bem como eu e meu namorado, fomos levados às pressas ao avião.

Saímos às 5h01 do dia 30 de setembro de 2009 de Natal, chegamos aproximadamente às três horas do dia seguinte. Sujos, cansados, doentes e brigados. De romântica, essa comédia não teve nada, que dirá de engraçada...


01 outubro 2009

Voo 7452 - De repente Natal...(parte 2)

As cadeiras de metal, não possuiam qualquer conforto, nem mesmo uma almofada que amenizasse o frio que o metal conduzia rapidamente das muitas cadeiras próximas de cada portão de embarque. O saguão era grande, possuia pelo menos 11 áreas cheias de cadeiras como essas, mas com quase ninguém, seja funcionário, seja passageiro.

Além das áreas desérticas, bastante semelhantes àquelas onde Tom Hanks passou "cerca de um ano", em sua personagem Viktor Navorski no filme "Terminal" (só que pior, os jovens não teriam tanta autonomia para criar uma bela fonte construída com pedaços de azulejo, não mesmo), haviam as lojas, conhecidas como Free shop, decoradas com enormes cifras americanas, vendendo basicamente: chocolate, alfajor, itens esportivos, malas, cosméticos e cds de tango, em dólar.

Obviamente esses espaços "canibalisticamente" capitalistas eram povoados por seres semelhantes a pessoas, mas que, como os seres anteriormente encontrados, não tinham a menor noção de comportamento social, etiqueta ou direitos humanos. O rapaz, mais acostumado com aquela sonoridade enrolada e ríspida tentou um contato amigo. Pediu que alguém dissesse uma simples informação: onde comprar um cartão telefônico internacional ou trocar notas de pesos por moedas para usar os orelhões. Depois de dar duas voltas completas em todo o saguão (sim, ele era grande) os exaustos, já apresentando os primeiros sinais de sujeira nas roupas, os jovens encontraram o tal lugar. Após muitas tentativa de ajuda com relação a algo simples como o procedimento para ligar em um orelhão na argentina e ter como resposta um não sei bem ao estilo porteño de dizer "se vira idiota", o rapaz e a garota desfrutam dos primeiros raios de esperança.

A lan house não tinha o cartão telefônico, até porque, que graça teria se as coisas já começassem a dar certo? A história não renderia tantas partes, e certamente, o homem e sua companheira não teriam finalmente encontrado... uma mulher. Sim, finalmente encontraram um espécime vivo e lúcido de ser humano, com toda a capacidade cognitiva e requisitos mínimos para ser considerada humana: tinha sentimentos. Infelizmente a garota e o namorado ainda não tinham seu cartão em mãos para poderem finalmente se comunicar com sua família, explicar como estão, onde estão e porquê.

Contudo, agora o casal tinha em mãos dois pesos em moedas, dados pela bondosa e até assustada senhora do balcão da lan house, que permitiu finalmente que esses aventureiros ligassem para a empresa de turismo que acidentalmente os colocaram naquela saga, e para o Consulado Brasileiro na Argentina.

Neste momento, já se passavam duas horas desde a última vez que tiveram algum contato com um funcionário, seja brasileiro, seja da Gol. Conversaram com o vice presidente do Consulado. Tinham duas saídas, ou embarcariam no voo mais próximo para o Brasil, ou pediriam a alguém da família que enviasse algum documento que o identificasse.

Com essa informação, o casal buscou novamente funcionários da Gol para negociar essa possibilidade. Contudo, não diferente das situações anteriores, não havia um funcionário que os ajudasse nessa busca. Desesperados novamente, o casal sorrateiramente entrou em uma porta de acesso restrito, onde uma nova mulher de cabelos encaracolados e olhos expressivos (sim, outro espécime de gente habitava o lugar), assustada com as caras de terror estampadas nos jovens, resolveu ajudá-los. Ela contactou os funcionários da Gol para que viessem o quanto antes conversar com um casal perdido no saguão de embarque de voo internacional. A garota começava a passar de seus limites de otimismo, chorava copiosamente a cada obstáculo que aparecia. Não tinha mais forças. O rapaz, ficava "fora do ar" seguidas vezes, com olhar distante sem saber o que dizia, por sorte ou não, exatamente nos momentos em que a garota retomava seu juízo.

Passados trinta minutos, o tal funcionário aparece. A mulher do cabelo encaracolado segue seu rumo para trabalhar novamente e trava-se a conversa com o funcionário. Uma vez esclarecida a situação, novamente a informação: eles teriam duas "opciones": voltar pro brasil ou pedir o documento via avión.

O funcionário saiu em disparada, alegando a necessidade de ir despachar bagagens de um novo voo que acabara de chegar, deixando o casal novamente abandonado sem sequer ouvi-los quanto a decisão, de ficar e esperar pelo documento, ou seguir para o Brasil. Mas como garantiu sua volta para 20 minutos depois e fora confirmada a possibilidade, as palavras soaram como música. Sim, havia essa possibilidade. A garota em sua atitude pateticamente apaixonada, havia guardado como souvenir a carteira de identidade antiga do seu namorado, com aquela carinha engraçada de 15 anos que ela não chegou a conhecer.

Imediatamente, seguiram para a lan house onde por sorte a "manicaca" conseguiu falar com seu irmão (Deus abençoe o MSN) que largou seu trabalho na mesma hora, para levar o tal documento ao aeroporto e enviar a documentação em mala direta ao aeroporto de Buenos Aires. O casal, agora esperançoso, cuidou de buscar o tal funcionário da Gol que obviamente não retorno nem em vinte nem em 60 minutos, para avisar que sua situação em no máximo um dia, seria regularizada. Bendito seja o romantismo desenfreado.

Continua...

(Apenas esclarecendo aos leitores, essa história é verídica e bem atual. Os personagens, como se pode imaginar, sou eu, Mariana Araújo de Brito, e meu namorado, Maurício de Figueiredo Formiga Júnior, que embarcamos ontem rumo a Buenos Aires, no voo 1804 daqui de Natal, pela Gol, para o pior pesadelo de nossas vidas... Essa é a primeira parte de uma crônica-protexto, que pretendo divulgar aos quatro cantos do mundo, para que todos fiquem sabendo porque - hoje eu sei - brasileiros odeiam os argentinos...)

Voo 7452 - De repente Natal...(parte 1)



O nervosismo tomava conta do casal. Ansiosos, com um misto de alegria e insegurança, verificavam suas bagagens e documentações freneticamente momentos antes da partida. Uma até parecia que ia para a Inglaterra com sua dedicação britânica no tocante aos horários, acordando pontualmente às 2h da madrugada, chegando pontualmente às 2h30 da madrugada na casa dele e finalizando seu chek-in britanicamente às 3h da manhã. O outro já parecia mais ciente de seu tinerário: não dormiu, não pestanejou, nem mesmo respirou fora do ritmo, afim de não se perder com nenhum detalhe.


Seguiram para o avião. Apertado, como qualquer voo econômica que se despreze, mas a comida surpreendeu: nada de balinhas Toffe. Ela até brincou, puxou seu bloquinho de notas e passou a classificar os voos, não sabendo esta, que seriam tantos.


No primeiro voo, (Natal - Salvador) cadrápio interessante, biscoitos salgados e recheados, suco de laranja em caixa, pepsi, guaraná antártica e água mineral sem gás (essa mania de ser brasileiro, com certeza ela amou). Ah, e balinhas Setebelo sabor maçã verde, sua favorita. No segundo voo (Salvador - São paulo) o cardápio se repete, com alteração somente na marca da água, para o desprazer de ambos, e mudança do sabor da balinha, ainda Setebelo (sortido!). No terceiro e último vôo, a novidade: sanduiche natural com alface, peito de peru, catupiri, queijo mussarela e tomate em um pão super gostoso...delícia. Os líquidos, bom, se repetem.


Essa pseudofelicidade não poderia ter um fim mais trágico. Sairam do avião. A cabeça de um pesada mais que a do outro, seus ouvidos estalaram tanto durante os voos que temiam verificar se seus tímpanos ainda funcionavam plenamente e simplesmente ignoravam a sensação de surdez. E de repente,começa a história:


- Minha carteira! - Diz ele assustado e ainda desnorteado com as mudanças cosntantes de pressão no corpo.

Apalpou sua calça, onde deveria estar a carteira e imediatamente seguem de volta para o avião, ainda no corredor do desembarque.
Ela ainda fica uns instantes, revirando todas as bagagens de mão que levavam na esperança de encontrar a desparecida. Em vão.

Em espanhol que de fato não a interessava, compreendeu a forma até agressiva da funcionária do aeroporto, taxativa, mandando seu namorado voltar.

- Hacía no, por favor. No permitido entre usted en el avión.

Ele explica com nervosismo notório que sua carteira sumiu de sua calça e que já havia verificado seus pertences, constatando que não sairam do avião com ela, mas a mulher insiste que ele não poderia procurar a carteira, pois esta havia sumido, e ele não sabia se havia caído no avião ou se havia sido furtada.

Após longos 20 minutos de conversa, a equipe de profissionais, se é que podem ser chamados assim, seguem para o avião para fazer a varredura da aeronave, e como se pode imaginar, voltam sem resultado positivo. Neste momento, o casal jovem e desesperado, por saberem que todos os documentos do rapaz ali se encontrava, falam da possibilidade de furto, já que a garota havia pego na carteira minutos antes do desembarque para conferir os documentos.


Os funcionários, com tom arrogante e despreocupado os tangem, enviando-os a um saguão de embarque de voo internacional, afirmando que tomariam providências para ajudá-los com a nova situação: foram furtados e agora, o rapaz não ingressaria no país, perdendo sua viagem e abandonando sua namorada, em outro país.


Os passageiros deste voo seguiram em frente. Não houve revista de qualquer tripulante ou passageiro, nem retorno dos tais funcionários da Gol que "tomariam as providências". Agora, presos entre o saguão de embarque e o de desembarque, o jovem casal passaria o que seria o dia mais longo de suas vidas.
Continua...

(Apenas esclarecendo aos leitores, essa história é verídica e bem atual. Os personagens, como se pode imaginar, sou eu, Mariana Araújo de Brito, e meu namorado, Maurício de Figueiredo Formiga Júnior, que embarcamos ontem rumo a Buenos Aires, no voo 1804 daqui de Natal, pela Gol, para o pior pesadelo de nossas vidas... Essa é a primeira parte de uma crônica-protexto, que pretendo divulgar aos quatro cantos do mundo, para que todos fiquem sabendo porque - hoje eu sei - brasileiros odeiam os argentinos...)

28 setembro 2009

De repente, Argentina


E de repente, discutiram de novo. Hoje já não há motivos bobos. São muitos traumas, muitas pessoas. Mas não se deixe enganar, uma crise boba não é capaz de separá-los. Pelo contrário, loucura ou não, é quase como um casal de masoquistas. Sabidos de suas naturezas antagônicas, esses dois indivíduos insistem na convivência e na disputa conjunta das mais adversas situações, e pasmem, apaixonando-se cada vez mais.

Pois bem, brigaram. Um novo descuido dele, uma nova intolerância dela. Uma regra imposta pela mania de perfeição dela e um deboche do cara despreocupado. E olhe que ela é a pisciana da história, ele por sua vez, quem deveria ser o virginiano.

Foram dias tensos, ela foi taxativa:
surpreenda-me!

Ele nunca foi muito bom nisso. Oras, a quem se pode enganar? Homens nunca foram bons nisso. Mas conseguiu. Desastradamente avisou a outrém de suas intenções, o que quase o deixou louco ao constatar a má intenção de seus confidentes em pô-lo em desgraça. Um chocolate, um pão-de-mel e... ARGENTINA.

Golpe de mestre, pode-se dizer. Sabia que ela muito custaria ou sequer acreditaria nessa hipóteses da boca de terceiros, ela sempre foi a insana da história, ele jamais pensaria em uma viagem assim...

Ele pensou. Ele programou. E agora, eles arrumaram suas devidas bagagens e acordarão depois de amanhã, às duas horas da madrugada, para tomar o rumo ao aeroporto, onde começará a saga do confuso casal rumo a Buenos Aires, onde certamente, passarão por mais uma incrível comédia romântica...

Depois posto as fotos dessa comédia romântica, certinho? =D

26 setembro 2009

Santa falta do que fazer...

Houve um tempo em que ela faria as tortinhas...


Mas hoje em dia, ninguém vai para a cozinha...

19 setembro 2009

Espasmos epilépticos da mão

Depois de um longo tempo, voltei a desenhar. Graças ao desafio da minha amiga Raquel, me pus a desenhar de novo, para criar vergonha na cara de num parar a mão, hehehe. Em breve posto mais desenhos... a Martinha também está voltando à ativa. No mais é isso, fiquem com Fernanda, Marcela e Raquel...







09 setembro 2009

Despedida de solteiro

Caminhou pela última vez naquela avenida. Observou atentamente cada centímetro do canteiro. Contou as roseiras, perseguiu as borboletas, mediu os formigueiros e também a altura da grama. Passeou durante quatro horas gravando o máximo possível de sons, imagens, cheiros e sensações possível para tal experiência.

Voltou para casa ao cair da noite, tomada pela maior sensação de bem-estar que havia sentido em toda a vida. Derreteu-se em prazer degustando sua torta favorita, comprada naquela casa de doces que ficava pertinho de sua casa. Tomou o mais caro e saboroso vinho que tinha conhecimento acompanhado de queijos finos, enquanto ouvia a música favorita de seu álbum favorito.

Inebriou-se com seu perfume favorito. Não o que ela usava, mas o que mais proporcionou prazer em sentir em outra pessoa, em toda sua vida. Cochilou de modo saboroso, sobre suas almofadas de plumas, abraçada ao seus afáveis braços de pelúcia.

Hoje ela não arrumou a casa, não lavou a louça nem varreu o chão da sala, sempre tão movimentada. Sabia que alguém cuidaria disso mais cedo ou mais tarde. Pensou ainda se não podia pelo menos separar o material de limpeza, que ela escondia lá no porão. Mas o remédio já fazia efeito. Os pingos de sangue até formaram um desenho bacana na parede. Só deu trabalho recolher os miolos do noivo. O teto da casa era alto.

27 agosto 2009

Baboseira

Nada de útil para postar (como se houvesse alguma utilidade para os micropoemas, desenhos ou textos descabidos). Apenas quis constar: eu não esotu bem. Sério, devo estar passando do meu limite de estresse.

Eis que hoje resolvo abrir meu e-mail e um distinto amigo me envia uma piada. Creio que a pior manifestação de solidão atual é receber, ler e rir copiosamente de uma piada digitada em uma fonte sem graça sobre uma tela branca (ok, um tipo bem maluco cheio de curvas e paetês e um fundo brilhoso cheio de movimento não vão melhorar a situação).

Pois bem, foi o que aconteceu. Credo, que crise de risos mais insana e deprimente!
Estou estressada, com certeza. Prozac resolve?

E para quem quiser, segue a piada (com mesmos tipos, tamanhos e o quase mesmo fundo branco e sem graça):

Um cardiologista muito conhecido morreu.
Seu funeral foi muito pomposo e muitos dos seus colegas
médicos compareceram.
Durante o velório, um enorme "coração"; rodeado de coroas
de flores permaneceu atrás do caixão....
Após as últimas palavras do padre, o coração se abriu e o
caixão entrou automaticamente no enorme coração,
emocionando todos os presentes.
O coração então se fechou, levando no seu interior o famoso
médico para SEMPRE...
Um dos presentes explodiu na gargalhada, causando surpresa e
indignação.
Questionado por que ria, ele explicou:
- Desculpem-me... Por favor, desculpem-me... É que eu
estava pensando como seria meu próprio funeral...SOU
GINECOLOGISTA.
Nesse momento, o proctologista desmaiou....



Deixo claro que mesmo assim, adorei ter recebido a piada via e-mail. Foi bom perceber o quanto tenho andado tensa. Obrigada, meu amigo.

24 agosto 2009

Fôlego

Quase não pôde com a agonia.
Quanto mais inspirava,
menos o corpo sentia.

22 agosto 2009

Mórbida

De tanto que trabalhou,
não sustentou o próprio corpo
e adormeceu sob o metrô.

21 agosto 2009

Credo

Jurava que ia dar certo.
Pôs a cara a tapa.
Se espatifou no concreto.

20 agosto 2009

Poeminha

Não pensou que seria assim.
Mas dançou com Pierrot
e fugiu com Arlequim.

19 agosto 2009

Rapidinha

Tardou em pensar naquela vez.
Delirou a tarde inteira e
do diário se desfez.

18 agosto 2009

Poema

Traído, matou com requintes de crueldade.
Tomou-lhe a mãe, a prima e o amante.
Gostou de verdade.

15 agosto 2009

Porque toda mulher tem seu dia de Miss










Miss confort, miss peace, miss my feet, miss my tenis, miss everything I like a lot.

10 agosto 2009

Sobre a incerteza

Chegou em casa desesperado. Subiu dez lances de escada como se ainda tivesse 15 anos de idade. Quando viu a porta, travou. Agora não queria entrar. E se não gostasse? E se fosse pior do que a encomenda? Como ia lidar com aquela novidade? Não, ele não podia entrar.

Sentou diante do elevador que só agora lembrava que já foi consertado. Sentiu a respiração pesada e os pés quase o matavam dentro do sapato apertado. O cansaço veio de uma só vez. A sede o consumia, mas ainda tinha medo de entrar. Passou meia hora dialogando com seu dilema. Se entrasse poderia jogar abaixo anos de planejamento, se não entrasse, ficaria eternamente tomado pela incerteza. Só estranhava tamanho silêncio. Em meia hora sentado no chão, diante do elevador, não percebeu o menor movimento em todo o prédio. As ferragens do elevador não rangiram uma vez sequer. O vento não zuniu pela janela do corredor. Muito estranho. Decidiu por fim se levantar.

Decidiu tarde. Agora seus 55 anos lhe traziam uma nova companheira. A hérnia de disco manifestou-se como quem queria lhe arrancar todas as vértebras do corpo. O homem agonizou em silêncio, pensava no dilema, não podia estragar o momento com seus berros.

Mão esquerda na parede, mão direita no joelho direito semi flexionado, cabeça baixa, lágrimas correndo, pé esquerdo ainda decidindo se ajudava o direito ou se o puxava de volta. Definitivamente não era essa a cena que ele previa ao chegar em casa. Sequer chegou em casa. Não movia um centímetro além dos que seus músculos involuntariamente atingiam com seus espamos de dor.

Tinha certeza que essa dor seria capaz de levá-lo a coma, mas não agora. Agora o homem pensava na porta, no silêncio, no dilema, nenhuma dor lhe pungia mais do que a incerteza. Mas como chegar lá? Como descobrir? como sair dali? Sentar, ou levantar? Não fazia idéia do que lhe traria mais dor. Na dúvida, escolheu a gravidade.

Não faz idéia do barulho que provocou, nem do quanto gritou. Não ouviu nada, não viu nada, apenas sentiu a pior de todas as dores que poderia sentir em toda sua vida. A cabeça curiosamente doía sem ter sofrido o menor impacto. As mãos, seus pés, todos dormentes, apenas a coluna e a cabeça, juntas e solidárias, pungiam de modo alternado como uma sinfonia agonizante.

Podia agora pegar seu celular na maleta, ligar para a ambulância, ligar para a casa, ligar para o diabo que fosse, queria sair dali. A filha logo apareceu pela maldita porta. Fazia perguntas quase no mesmo ritmo que sua coluna, quase matando o homem de desespero. Ligou para o médico e trouxe o remédio da mãe, que já era íntima da situação. Levou seu pai para o hospital da irmã. Sim, era mesmo uma hérnia e tanto. Faria cirurgia em breve.

Morreu dormindo um dia antes da cirurgia. Nervosismo sabe-lá-Deus-de-quê, dizia o enfermeiro enfurecido com o paciente que lhe foi destinado.

- Doutor, o cara ficou louco! Só falava em ir pra casa, pra ver não-sei-o-quê. Pediu até para eu ir no lugar dele. Perguntava a hora a cada cinco minutos. E pior, queria a qualquer custo que eu arrancasse a porta do quarto, vê se pode!

04 agosto 2009

Amor d'além mais

O que fazer com essa agonia?
Quanto mais tenta, mais se eterniza.
Rola na cama, compra bebida.
Desorienta. Chora. Ria.

Cada dia pensa num meio,
de controlar o devaneio.
Não para, nem dorme direito.
Desde que ela interveio.

Já não pode sequer pensar.
Volta toda a nostalgia.
Essa menina não mede o estrago.
Não ajuda, hipnotiza.
Destrói mais um tranquilo lar.
Derruba mais uma ideologia.

Caminha soturno. Soluça profundo.
Vive frígido. Dorme infeliz.
Matou seu amor por uma meretriz.

17 julho 2009

"Ai, se sesse"


Vida insana é que o que vale. Telefonou logo que acordou, logo após tomar duas canecas de café. Era assim, agora. Nada de premeditar, nada de calmaria e planejamento. Era o momento. Era o sempre ou o nunca.
Ela atendeu quase xingando, adorava dormir até meio dia.

- Oi, sou eu... ham...desculpe ligar tão cedo, mas quer ir à praia comigo?

- hhhhmm...grmm...

- Marcela?

- (suspiro) Oi, ham, Denis? Oi, bom dia... praia? São que horas?

- Seis e meia... eu sei, eu sei, é cedo, foi bobagem ligar a essa hora, você gosta de dormir bem. Mas eu garanto que você vai gostar, vamos, por favor, você não sabe o que vai perder se não for.

- Claro que vou saber, você vai contar mesmo assim que voltar.

- Deliciosamente sarcástica. Gostei mesmo de lhe conhecer, viu, menina?

- Cara, deixa eu dormir, sério, não tou afim. Tem Fórmula 1 daqui a pouco.

- Qual é, menina! Deixa de ser difícil! Vamos, lá, você consegue. Levanta da cama, dá uma esticada pra cima, depois abraça o joelho em pé e pronto, você vai estar pronta. Nem precisa mudar a roupa.

- Eu durmo sem roupa, seu energúmeno.

- Num faz isso que você me mata, mulher!... Tudo bem, você pôe um biquini e uma canga. Vamos?

- Eu não estou acreditando que você ainda está insistindo! São seis e meia da manhã!

- Correção: são seis e quarenta e cinco, consegui te manter quinze minutos acordada de madrugada (risos). Vamos?

- Você premeditou isso, fala sério.

- Nunca premedito nada, não faço mais planos, esqueceu? Onde estava sua cabeça quando conversamos isso, hein?

- Mergulhada do álcool, meu querido, no álcool.

- Gostei, a voz já está menos grave. Você acordou. Eu não vou sair do telefone, e você não vai desligar, você nunca desliga primeiro...

- Para com isso, criatura! Que diabos eu fiz pra merecer você na minha vida, hein?!
Nesse momento Denis já não se aguenta de tanto rir no outro lado da linha, nem aguenta mais esperar. Nunca passou tanto tempo estigando alguém, já estava virando algo planejado, ele não queria isso. A porta bate.

- Ótimo! Agora uma anta apareceu para me perturbar às sete horas da manhã, espera que vou atender.

- Que bom! Mantive Marcela Azevedo da Costa acordada meia hora!

- Ria, miserável (risos). Volto já.

Ela rapidamente veste a camisola que fica de prontidão na porta e segue para a porta da frente. Não se penteia, não verifica o hálito. Faz questão de demonstrar o sono e o aborrecimento de ter sido acordada tão cedo em um domingo.

- EU NÃO ACREDITO!

- Está vendo, só? Agora você está acordada, vestida, ham, mais ou menos vestida, e em pé! Será que podemos ir para a praia agora?

- Denis, seu estúpido, você estava aqui o tempo todo?!

- Ora, vamos, se rende logo, vamos para a praia ou não?

- Você é louco.

- Você é linda.

- Para com isso!

- Parar com o quê?

- Ai, dane-se, entra, senta ali. Vou me vestir (psicopata).

- Não mandei você me pedir em namoro, menina.

10 julho 2009

Canção para o fracassado

Deixa essa marra,
Esquece a tristeza
que um novo dia começa aqui.
Sai desse quarto,
fecha a geladeira.
Remédio bom mesmo é sorrir.

Cada dia passa mais veloz,
você fica aí dentre os lençóis.
Crianças brincam, tem gente que morre
e o seu mundo todo se destrói.

Deixa essa marra,
Esquece a pobreza.
Um novo emprego logo vai surgir.
Lava seu rosto,
corra na esteira.
Você não está bem, nem sabe mentir.

São tantos pesares que fica difícil
falar sem tropeço e tentar sorrir.
Mas quem não olha pro próprio problema
sabe que ele nunca vai partir.

Olha, que massa.
Veja a beleza.
Sinta como é bom ser feliz.
Esqueça a vergonha.
Sinta na veia,
a vida que pulsa como nunca quis.

Quem só percebe a triste rotina,
pouco se importa mesmo em viver.
Então se levante e siga em frente.
Mude de roupa, vire gourmet.

Saia pra comer,
Comece a crescer.
Tente aprender a amar você.

06 julho 2009

Sobre a educação feminina

Certo, feministas me odeiem, não que eu seja machista, mas reconheço certos valores impregnados pelo movimento. Contudo, devo insistir, qual o problema com algumas mulheres de hoje em dia? Qual grande mal há em seguir alguns elementos da etiqueta, inventados pelos machistas indecorosos em busca da visão perfeita de uma mulher bem educada?

Também concordo que não precisamos sempre seguir um homem, ser obediente a todo custo, nem precisamos necessariamente nos revelarmos exímias cozinheiras e donas de casa. Mas qual o problema em se manter um certo nível de higiene e educação?

Poxa, em situações mais caseiras, entre amigos ou entes mais íntimos, tudo bem se revelar um ser que expele gases fétidos, que dá uma limpadinha ou outra no salão, ou arrota com timbre considerável. Isso é comum, mas não é muito elegante. Lembre-se, você odeia que o homem faça isso, às vezes de certo de indigna, então por que se igualar?

Em ambientes de trabalho então, existe uma coisinha chamada etiqueta de trabalho. Deve-se manter uma determinada rotina, com determinado padrão de comportamento que se adeque a qualquer frescura ou loucura de todos os outros companheiros de labuta. É importante lembrar que todas as áreas do local de trabalho, são locais de domínio público, ou seja, todos vão passar por ali em algum momento, portanto se você deseja mesmo fazer algo que possa deixar alguma pessoa desconfortável, simplesmente não o faça.

Em se tratando de banheiro, juro não é machismo, mas não há a menor justificativa para uma mulher conseguir deixar o ambiente impróprio para uso. Nossa anatomia é perfeita, não precisamos mirar e temos uma habilidade descomunal de se manter até por longo período de tempo com as pernas flexionadas sem precisar necessariamente encostar no assento, olha só, não é fantástico? Desafio qualquer homem sem manias esdrúxulas a fazer o mesmo. Temos um zelo e mãos tão delicadas, capazes perfeitamente com toda destreza de dobrar o papel utilizado, deixando-o praticamente "limpo" aos olhos terceiros, sem comprometer nenhuma parte de nossos dedinhos. Então, mulheres, não há porque se esforçar em parecer um ser grotesco e anti-higiênica, quando nossa natureza nada mais é justamente oposta.

Vamos, façam uma forcinha, tirem essa cara amarrada e dêem o braço a torcer, somos boas demais para ser tão animalescas assim. Vamos continuar a chamar a atenção masculina pelas nossas curvas e pela nossa malícia, ainda que sem querer. Não vamos nos permitir ser apontadas pelas ruas pela falta de compostura, desatino ou desespero de querer seu lugar perante a sociedade equiparado-se a um mal exemplo masculino. Somos igualmente capazes de assumir qualquer papel na sociedade, mas de modo incomparável: belo, charmoso, sutil.

26 junho 2009

Só para postar....

Ai preguiça boa... fim de semana prolongado chegando aí....
Enfim, nada para fazer, então vou por um desenhinho que fiz para meu respectivo, dia desses...



Sem hipocrisia, com você, meu amor, me sinto assim...
É que nem chuva forte com vento...ô coisa boa danada!

12 junho 2009

Ele não vai ligar (da série a vida como não devia ser)

Ok, ele não vai ligar. Vocês transaram na primeira noite; se conheceram na balada; ele lhe pagou um drink quando você estava bebendo apenas água; ele disse "foi ótimo ter te conhecido" na porta do seu carro. Desculpe amiga, ele não vai ligar.

Com certeza ele ficou muito feliz em saber que você bebia água porque realmente aprecia beber água, e não porque estava sem dinheiro.O alívio certamente foi ainda maior ao descobrir que você não é uma garota de programa, apesar da roupa excessivamente provocante.

O que foi? Claro que ele pensou isso! Em plena Ponta Negra, numa mesa de bar, bebendo água, super decote e curvas de fora, mega maquiagem e um olhar fulminante. Ele até podia ter certeza, mas não podia perguntar....não podia. Então, não pense que todo aquele interesse em saber de sua vida era real. Acredite, ele não queria saber do seu problema com a família, nem precisava saber sobre os efeitos colaterais de quando você come batatas fritas.

Não se sinta mal, nem tão pouco enganada. Você se divertiu, não foi mesmo? Ele não lhe prometeu nada, ele não seria tão estúpido. Então desencana. ok, ele disse que ligaria, mas não disse quando, então esqueça essa aprte do episódio, ou qualquer efeito positivo que você tenha adquirido nessa noite vai passar rapidinho. Não se culpe por ter curtido com ele, é normal, é humano.

Não ligue para o fato de ele ter saído antes que você acordar. Agradeça a habilidade do rapaz ao usar sabiamente o toilete, e claro, seja grata pela bondade de pelo menos ter lhe deixado o bilhete com o elogio (tudo bem, pode ter alguma esperança, se ele realmente achou o sexo bom, quando estiver sozinho, poderá lembrar de você, mas pelo sexo, é só). Não se esqueça de rezar agradecendo ao bom deus de tê-lo feio lembrar das camisinhas que as tequilas lhe fizeram esquecer, você não precisa de um problema agora.

Chore, xingue um pouco, solte a fúria que com certeza ainda lhe consome. Adote um travesseiro para tapear, ninguém vai lhe julgar. Se lhe fizer sentir melhor, deseje a morte dele. Talvez, até planeje uma vingança. Mas por favor, seja sensata e esqueça qualquer possibilidade rapidinho, aquelas pulseiras juntas não são tão confortáveis, e o macacão não cai bem em você.

Não se irrite comigo por ser sincera. Muito mais agressivas são as maldosas amigas que se divertem lhe iludindo com mais uma daquelas histórias que todo mundo conhece de alguma garota azarada que com todos os contratempos se deu bem com o ricasso apaixonado, ou o dançarino romântico. Princípes não existem nem tão pouco frequentam baladas , em busca de suas princesas. Quem procura por alguém o tempo todo, nunca será achado. Ninguém é pedido em namoro no terceiro encontro. Pessoas não casam com 70 dias de namoro. No amor não há regras, só exceções. Desencana.

Ele não vai ligar. Ele não tem culpa. Você não tem culpa. ninguém é cafageste, ninguém é fácil demais. Ambos são adultos. Adultos têm desejos, e por eles podem se deixar levar. Portanto, tire essa cara do travesseiro molhado, solte esse bendito telefone, esqueça a barra de chocolate, e por deus menina, vá trabalhar! Drama e choro gratuito só pagam contas para quem está na tevê.




11 maio 2009

Curta da vez

Oi pessoal! Hoje a postagem é para promover o Porta Curta Petrobras. É, a galera sempre buscando se atualizar e divulgar sempre mais as produções independentes agora nos permite qualquer fã que tenha site, blog ou portal divulgar seus curtas favoritos. Bacana não é mesmo?
Tem qualidade semelhante ou melhor que a do youtube e mesma acessabilidade. Amei. Bom, para começar (periodicamente vou promover algum curta por aqui) vou divulgar o curta AMOR, que acho fantástico pela acidez e a evolução da história. Super divertido e inteligente. Uma linda forma de falar sobre aquilo que ainda hoje se luta para definir: o amor.

Amor!

Gênero Ficção

Diretor José Roberto Torero

Elenco Elias Andreato, Guilherme Karam, Paulo César Pereio,
Paulo José, Rosi Campos

Ano 1994

Duração 14 min

Cor Colorido

Bitola 35mm

País Brasil






(próximo post tem a ver com esse tema... aguarde e confie, rs)

24 abril 2009

Pingos de sentimentos

Ah, qual é?! Vai dizer que você nunca sentiu pelo menos...









Fale sério! rs, fala sério!
Diz, aí, você está com um pingo de que?

19 abril 2009

DESENHOS! ou nem tanto...

É isso aí, estou voltando, aos pouquinhos, mas estou...

Resultado da falta do que fazer em uma frustrante noite no shopping, você une


por terem realmente mandando seu amigo músico baixar o som no shopping porque as pessoas o estavam ouvindo tocar, com um
notório


na face do seu amigo e sua companheira cantora por serem tão publicamente menosprezados em um ambiente que julgam familiar, com um


que você começa a sentir por causa da situação desconfortável que se encontra, vivenciando tudo aquilo e resulta em


um desenho engraçado do seu amigo, bem como umas outras trocentas plaquinhas de papel com emocionantes dizeres como "AUMENTA ESSE SOM!", "CLAP! CLAP! CLAP!" Para não fazer barulho, claro e uma típica demonstração emo do amigo, "I LOVE JOWJOW". As pessoas bem que podiam de vez em quando ter um

pela arte...




Fim.

15 abril 2009

Complicated

Seguinte galera, desisti!
É! desisti de tentar mudar essa bixiga taboca porque estou sem tempo, então, como estou com uma porrada de texto sendo suprimido pela falta de tempo e pela droga de promessa de só voltar a postar com o layout novo, vou logo botar um aqui só para num pensarem que me dei por morta, blogoticamente rsrsrs.
Segue o texto...


Vida a Dois

Desconfiou no primeiro contato. Não que se parecessem, mas havia uma forte e inesperada conexão. Disfarçou por ali, nada poderia ser feito. Mas não calou a dúvida.

À noite o chamou para uma breve conversa. Sentaram um diante do outro da forma mais desconfortável que poderiam estar. Ela, pernas cruzadas, irritantemente quietas, bem como o resto de seu rígido corpo. Ele, mãos nos joelhos, ligeiramente suadas; olhos evidentemente estressados com o esforço excessivo em não transparacer o interesse pelo jogo de futebol transmitido pela televisão que lhe sussurrava os resultados, bem ao lado.

Cinco minutos de puro silêncio torturavam o casal até que se desse início ao martírio.

- Uma graça, aquela menina.

- Ham? Ah, sim, muito lindinha.

- Ela é esperta, atenciosa...

- Você achou mesmo? Reclamam do contrário (risos). Muito esperta, de fato, mas tão hiperativa que ninguém lhe toma a atenção nunca.

- Exceto você.

(Silêncio sepulcral)

- A conversa é sobre isso?

- Lhe incomoda falar um pouco sobre isso?

- Não.

(Novo silêncio gritante)

- Sempre brincava com ela ainda na barriga (breve sorriso). Ela dava cada chute na barriga da mãe que quem saía de perto debaixo de tapa era eu... você nunca foi ciumenta.

- Você nunca demonstrou o menor interesse por qualquer criança.

O gol do adversário não o incomodaria tanto se não fosse o time dela. Não sabia o que pensar ou dizer. Ela estava certa em se enganar. Tinha lógica. De onde viera sua mudança súbita? Ela não viu isso acontecer. De qualquer modo, não queria ainda ter filhos, e essa revelação de modo algum a incomodaria.

Tentou esboçar algum comentário, mas logo desistiu. Traído por ele mesmo, sem nada ter feito, levantou. Foi ao banheiro onde demorou algumas lágrimas para sair e seguiu para o quarto. Ela continuou exatamente onde estava. assistiu a mais amarga vitória de seu time.

Coleção Pingos de Quê - by Magaliana