27 setembro 2006

E uma chance ao atual


no momento que comecei a rabiscar o professor falava
que "ser profissional, portanto, é não ser vítima..."
acho que ele não quis dizer exatamente isso, mas...

14 setembro 2006

hoje...dou chance aos desenhos antigos


pois bem....estou terrivelmente parada nas produções literárias e artísticas
então ficarei enchendo lingüiça aqui
até porque ninguém parece visitar meu humilde blog mesmo
acima vocês podem ver então o desenho do grande mestre Claudemir Montoni
um gênio de todas as áreas, sabia tirar dúvidas que qualquer matéria.
foi meu professor de física e o terror dos vestibulares...
Grande Montoni...
"é tão estranho, os bons morrem antes"

12 setembro 2006

Aquele dia

Sempre sonho com aquele dia. Aquele que todos sonham. O dia de maior frio na barriga. Onde a endorfina e a adrenalina correm pelo corpo saturado inebriando e lhe fazendo andar a passo trôpego. O dia em que você sente uma enorme mistura de medo e euforia, mesmo que não aparentes. O dia que você acorda diferente e ignora todos os rituais da labuta diária por ter a certeza de ser ele, o dia que muda o resto dos dias de sua vida. Busco sempre esse dia, dia vaidoso e egoísta que não quer se gastar.

Tentei chegar nesse dia de várias formas já. Tentei ao subir na mais alta árvore para pegar o mais roxo jambo. Um troféu grande e suculento, que trouxe a inveja dos garotos que o tentaram sem sucesso, e de algumas meninas de Barbies e penteados impecáveis, porque não tinham a mesma intimidade com “Nilinho”.

Tentei acordando bem cedo para receber aquela linda cesta de café da manhã para pôr um último presente feito a mão, antes de entregar seguindo de um apertado e sincero abraço e de um caprichado beijo na testa, pregando o respeito à mesma mãe que me gritava no dia anterior, devido ao sumiço agora explicado.

Tentei ao beijar pela primeira vez. Com candidato, ambiente e perfume do amor mais puro e juvenil. Com recital de versos não calculados, desabafos esperados e um enorme carinho envolvendo rostos, amarrados pelos cabelos que passeavam pela mão alheia, e o detalhe do pé que levantava conforme a pressão dos doces lábios carnudos.

Tentei ao passar no vestibular, aguardando tradicionalmente o nome ser divulgado na rádio e TV, mesmo quando já havia recebido a honrosa notícia por telefone. E comprando ainda o jornal para gastar com o indicador aqueles cinco centímetros que chamariam a atenção dos orgulhosos parentes, mais tarde.

Tentei ao pedir em namoro aquele rapaz que me aparecera no curso apenas para me levar em casa, e me entregar um caprichado desenho de mim, retirado de uma fotografia amavelmente furtada pela Internet.

Tentei, com ainda com esse rapaz, conhecer a mais profunda química existente entre dois humanos, mesmo que não de forma completa, afim de não trazer um dia indesejado. Tentei anos mais tarde, ao perceber que talvez tivesse evitado o grande dia, trazendo com alguém uma nova vida que partilhasse minha busca e quem sabe por tabela, tivesse seu grande dia, que talvez denotasse no meu.

Tentei, ao juntar-me com mais outros seres, sem cerimônias ou bênçãos, mas com incontáveis felicitações e caixas empilhadas, trazendo uma gostosa desordem por toda casa.

Tentei, ao entrar naquela empresa de nome que me inspirou a ponto de publicar aquele penetrante texto responsável por aquela digna premiação e promoção, que me permitiu tirar férias pelo tempo necessário para tomar aquele delicioso banho de chuva, correndo atrás daquele travesso cachorro pela rua, e sem êxito escorregando por fim naquela densa poça de lama, que me arrancara tantas gargalhadas.

Tentei de todas as formas, em todos os dias vivendo como se fosse acontecer aquele dia, e revivendo os dias que antes achava ser o dia com a busca não diferente da minha “prole”. Hoje tentei entender porque esse dia nunca veio. Observei cada dia da minha vida, analisando aquelas mudanças que juravam ser sinais da chegada daquele dia. Hoje eu parei de tentar. Hoje eu sinto, eu sei, eu tenho certeza. Aquele dia, aquele que mudará o resto dos dias da minha vida, acabou de chegar.


(a personagem conseguiu, e aí, vão tentar também? hehehehe
texto que fiz ontem a noite, cheio de "que"s e erros, pois ainda não o corrigi)

11 setembro 2006

Mais um poema antigo


Houve uma série de textos mal escritos que eu fiz na tentativa de entender o pensamento de quem comete algumas atitudes mal vistas na sociedade...esse é um...acompanhado de um dos meus desenhos antigos, desta vez.

Seu lugar


Amo-te sem fim...
Amo minha vida.
Necessito-te aqui...
Necessito respirar.

É fato...errei “conte”
Mas verdade é que errei com a carne.
A carne, sabe-se...é perecível.
Por isso suplico que deves esquecer.

Pago agora por tudo que fiz
Pois perdi o direito de sorrir.

Sou fiel com a alma,
A mesma é eterna,
Portanto me ame, sim.
Quem sabe assim tu te entregas.

Não peço que me perdoe, por fim.
Rogo-te no meu presente.
Nossos minutos pouco durarão e sendo assim...
Se perdão não existe, me aceite junto a ti.

Já paguei pelo que cometi...
Dê-me o direito de ser feliz.

06 setembro 2006

poesias das antigas


Houve um tempo em que eu gostava de juntar umas poucas palavras tomando como base os problemas existenciais dos meus amigos, ou mesmo tomando por base fatos bizarros que passam na TV. Nunca gostei muito de me exibir (seja lá como for), embora eu já tire fotos e tenha flog hoje em dia. Enfim, mesmo com jeito recatado, houve algumas poucas vezes que me deixei mostrar em versos mal criados ou cuidados, como vou mostrar no texto a seguir...
...Cá estou eu, apreciem com moderação (ou critique, se o preferir).

Possessiva

Infelizmente, tornou-se casmurro.
Soturnamente ficou sentido.
Gravemente encontrou-se lôbrego.
Mas felizmente, tu és meu.

Pesarosamente chorou melancólico.
Entediadamente beijou-me lacrimoso.
Tormentosamente sentiu-se aflito.
Mas levemente, passou a ser meu.

Nostalgicamente disse estar tetro.
Dolorosamente dançou (mesmo que enfadonho).
Tristemente, deu-te saturnino,
Pois tu és meu, mas nunca serei tua.

Abaité Andira (pseudônimo que eu usava no site
já não existente www.notivaga.com)

Tentar fazer poesias é um bom exercício para o aprendizado de novas palavras...é como fazer palavras cruzadas...com menos preocupação...

Coleção Pingos de Quê - by Magaliana