Visitei hoje uma entrevista no blog da
Vany com a Natália Klein, a carioca psicótica que vem conquistando cada vez mais leitores contando e exagerando suas psicoses em seu blog,
Adorável psicose, o qual recomendo bastante. Sejam homens ou mulheres, ela sempre consegue arrancar umas gargalhadas (ou seja, eu recomendo muito!). Pois bem, achei super produtiva a entrevista, mostrando a forma como a Natália desenvolveu seu blog, o que ela pensava quando fez, como pensa agora... Acabou que essa leitura me trouxe algumas reflexões...
A primeira é claro, é de que eu deveria tomar vergonha na cara e passar a levar meu blog a sério, mas acreditem, ele já está bem melhor do que era há uns tempinhos atrás, rs.
A segunda coisa, e essa um tanto tensa, foi que recentemente ouvi uma senhora da minha area comentar que: "blogueiro, é jornalista frustrado que não consegue ser editor de um jornal e abre um blog para satisfazer suas frustrações e escrever o que pensa". Acho que não preciso comentar que essa pessoa nem é jornalista, nem blogueira, nem tão pouco, editora de algum jornal.
Eu, como blogueira (ou nem tanto) e também jornalista, obviamente, fiquei fumaçando de raiva e engoli no seco (não por haver alguma razão na declaração, mas porque eu apenas estava perto; não pertencia à conversa). Fico muito feliz em ver o quanto esta pessoa está enganada vendo o desenvolvimento e o resultado de pessoas como a Natália, você e muitos outros blogueiros que acompanho vira e mexe, nas diversas modalidades, que podem até não ser editores de um jornal um dia (acho que nenhum quer isso, é só pra ter estresse e ganhar uma merreca), mas conseguem feitos muito maiores, e reconhecimento em larga escala com apenas "suas próprias frustrações".
Pesquisei um pouquinho sobre a realidade brasileira no tocante ao acesso à internet. O resultado é positivo: o Brasil está em quinto na lista dos países que mais acessam a internet! O Leonardo Antoniolli, dono do site
http://www.tobeguarany.com/internet_no_brasil.php (cliquem no link, ficou bem bacana o resumo que ele fez desses dados) fez uma síntese interessante, tomando por base o portal G1, Abril e informações da DataFolha. Ele mostra que 87% da população brasileira acessa semanalmente a internet! Talvez alguns possam achar esses dados um tanto irrelevantes, e alegar que esta mídia ainda seja elitizada e de difícil, acesso.
Eu concordo, apenas 23% da população brasileira conecta a internet de casa (tá lá no link de cima, viu pessoas?), mas não é por isso que deixam de acessar. Seja no trabalho, na lan house ou nos centros comunitários que já dispõem de internet para a comunidade carente, as pessoas estão buscando novas formas de informação, comunicação e entretenimento. É inegável a importância que a internet tem hoje para a população, devido a sua instantaneidade e quebra de barreiras físicas, na busca de determinado conhecimento.
Então porque vamos desmerecer os blogs?! Tudo bem, eu, como jornalista diplomada, defendo a necessidade de um conhecimento prévio para alguém se colocar na posição de formadora de opinião, caso este seja o foco na hora de fazer um blog, pois o mal uso das palavras não vai matar uma pessoa, mas pode destrui-la socialmente, o que não deixa, na minha opinião, um tipo de morte.
Somos seres sociáveis, isolar alguém socialmente não é saudável, e pode sim, na pior das hipóteses, matar (depressão faz miséria). Contudo, privar alguém de se manifestar, de expor seu ponto de vista, também não é saudável. O que devemos prestar atenção, é simplesmente onde acaba o seu direito e começa o dever. Temos o direito irrevogável de comunicar e expressar nosso ponto de vista, e o dever de respeitar a privacidade e a integridade moral do próximo. As pessoas brigam dia após dia com essa questão e não vêem que a solução é simples assim: seja você mesmo e respeite o próximo... que coisa linda, não é mesmo?
Pois bem, voltando enfim ao foco principal do post: os Blogs. Vejo-os como o cano de escape de todo e qualquer cidadão que quer ou sente a necessidade de se expressar. Uns gostam de fazer isso na forma de poesia, outros preferem expor seus desenhos. Tem aqueles que usam como Portfólio e os que escrevem crônicas, outros que fazem comédias e alegorias... E tem outros que como eu, não definem seu modo de comunicação e usam todos esses estilos para expor o que vem à mente.
Algumas dessas pessoas se destacam, porque ELAS TÊM GRANDE POTENCIAL, que é reconhecido por outros internautas, e SABEM COMO USAR esse reconhecimento. Assim, eles se profissionalizam e atingem metas muito maiores do que jamais imaginariam chegar. É simples assim! As pessoas que são boa no que fazem, são criativas e sabem reconhecer oportunidades simplesmente dão andamento ao trabalho e passam a gerir o que seria seu "cano de escape" de forma profissional e lucrativa. Não digo que a pessoa que falou mal dos blogueiros está totalmente errada, ela apenas está vendo a situação de forma limitada. Sim, devem existir pessoas como essas que ela exemplificou, mas elas não são o TODO, e acredito eu, nem tampouco a MAIORIA.
Meu recado aos blogueiros de modo geral é que continuem esse trabalho maravilhoso (um dia eu levo o meu a sério, quem sabe, rs) não só porque eu adoro ver quando alguém está enganado, mas porque o resultado é maravilhoso, e a tendência é que essa mídia que nós utilizamos seja sempre mais explorada e valorizada, ainda que mude de formato, conforme mudarem as necessidades (como é a existência do microblog, próprio para quem quer estar em dia até pelo celular).
Não liguem para declarações de pessoas que não entendem suas necessidades de ter um blog (meu caso é como psicanálise: ao invés de ir pruma poltrona e falar até dar calo na corda vocal e um cara dizer "humrum" "o que você sente a respeito disso?", eu simplesmente venho para cá, escrevo o que quiser, e as pessoas graças a Deus riem, o que me fazem acreditar que tá tudo bem, é apenas neura minha, rs).
Façam o que quiserem com sua capacidade cognitiva. Tenham um filho, escrevam um livro e plantem uma árvore, para satisfazer a população e usem aquela lingerie com estampa de oncinha e detalhe "rosa pink" (é rosa rosa, num sei porque inventaram essa "catxigoria") ou uma cueca com telinha transparente na frente, se isso lhe confortável. Cada doido tem sua mania!