31 dezembro 2007

Tá chegando...


O ano de 2008 já bate a porta. Todos se programam para as sete semestes de uva, o pulinho sobre sete ondas, e as metas para o ano que vem.
O aluno promete estudar no ano que vem.
A garota vai parar de comer chocolates e emagrecer.
A mãe jura de pés juntos que vai se livrar da crise financeira.
O pai diz que não vai mais ser tão ausente.
O prefeito garante pavimentar o pedaço da rua.
O ladrão jura que não vai mais roubar gente simples.
O fumante promete deixar o cigarro.
O presidente promete desenvolver o país.
E eu juro que ainda escrevo algo que preste aqui.

E quanto aos pedidos?
Um pede um amor, outro pede harmonia. Aquele lá pede uma paixão forte. A menina quer afastar o mal olhado. A vovó ainda clama pela esperança. Muitos pedem dinheiro.
Mas todos, absolutamente todos, pedem paz.
Desejo a vocês um melhor 2008, na medida do possível.

27 dezembro 2007

Sobre a trilogityum cronicum

Já repararam no surto que deu nos produtores hollywoodianos? Como se fosse lei decretada, todos os produtores resolveram transformar absolutamente todos os filmes em trilogias! Não que O senhor dos Anéis seja ruim, ou muito menos o Shreck 1, 2 e 3. Mas forçar o adorador (que tem bom senso) da oitava maravilha do mundo a ir para o cinema como quem vai para casa ver o próximo capítulo da novela, é demais!
Sim, muito eles lucram dividindo suas obras e adaptações, mas o que houve com aquela incrível habilidade de sintetizar as coisas?! Vejam bem, Desventuras em série, livro com umas 13 edições, perfeitamente adaptado em um único filme! E bastante entendível! Perfeito! Um primor! E com a bela atuação do notável Jim Carrey. O que os impedem de fazer filmes bem feitos e sintéticos?
Não, eles preferem repetir o homem-aranha, deixando-o cada vez mais emo e seus vilões mais chorões. Colocam aquela coisa verde e insossa do Huck pulando aqui no Brasil (no inescrupuloso Brasil, pois sim, vão acabar com nossa imagem mais uma vez, êta inveja). Alopram na brucharia daquele nerd metido a gostoso com sérias tendências homossexuais. E tentam explicar a poeira estelar citado no Mundo de Sofia agora com uma garotinha absolutamente arrogante na Bússola de Ouro.
O que não faz o dinheiro. Sim, eis a causa. O gasto é muito grande, mas o retorno é infinitamente maior! Nossa geração foi contaminada pelo vírus "soap-operae" e viramos infames dependentes psicológicos das novelas. Ok cabe corrigir, vocês! Eu detesto novelas. E por isso a partir de hoje também detesto trilogias, “quatrilogias” e qualquer novo filme seqüenciado que surgir! Os velhos eu mantenho sobre meus cuidados, Shreck é perfeito.
Um dia isso há de mudar. Os tempos mudam, sempre! Só Malhação que ainda insiste na receitinha básica para se manter ao longo desses 12 anos, e, acreditem ou não, ainda funciona. Afinal de contas, metade do país é jovem, e como de praxe todos têm seu momento Malhação.
Então acordem! Rebelem-se! Baixem os filmes vazados pela internet! e assistam curtas!
Sim! Viva os curtas! Últimos suspiros da genialidade e da criatividade humana! Valiosos vídeos super significativos e excepcionalmente irreverentes esquecidos nas boas páginas da internet, ou perambulando sujos e baratos pelo poluído Youtube.
Vejam SodaSexo, curtam A Sauna, Desirella, Amor!, A alma do negócio. Visitem o Porta Curtas da Petrobras, se deliciem com as animações do Anima Mundi, comprovem a criatividade humana no Curtagora. São gratuitos e muito bons.
E se curta metragem realmente não for sua praia, pelo menos veja um filme brasileiro (NÃO OS DA XUXA OU DO DIDI!!!)...eles ainda estão a salvo, a epidemia não os atacou.
Um 2008 melhor para todos. E mais prático.

Coleção Pingos de Quê - by Magaliana