21 outubro 2009

Job's Mortais

Certifico desde já que tudo não se passa de uma obra de ficção. Durante a filmagem nenhum "animal" sofreu quaiquer machucados, e todos os malas da Sedis passam bem. Hehehehehe, eis minha estréia no filme JOB'S MORTAIS, em breve, nas piores salas de cinema.
HAHAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHAHA




E para quem não sabe, essa não é a minha primeira façanha, hahahaha.


14 outubro 2009

Fuck You

Bom, adoro a Lily Allen, e ando meio de saco cheio mesmo de algumas coisas, então aproveito as românticas palavras da mais doce e ácida voz que conheço da atualidade para dar um toque na galera por aí...


Fuck You
Lily Allen

Look inside
Look inside your tiny mind
Now look a bit harder
Cause we're so uninspired,
so sick and tired
of all the hatred you harbour.

So you say
it's not OK to be gay
Well I think you're just evil
You're just some racist
who can't tie my laces
Your point of view is medieval

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause we hate what you do
and we hate your whole crew
So please don't stay in touch

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause your words don't translate
and it's getting quite late
So please don't stay in touch

Do you get
Do you get a little kick out of
being small-minded?
You want to be like your father,
his approval you're after
Well that's not how you find it.

Do you,
Do you really enjoy
living a life that's so hateful?
Cause there's a hole where your soul should be
You're losing control of it
And it's really distasteful

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause we hate what you do
and we hate your whole crew
So please don't stay in touch

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause your words don't translate
and it's getting quite late
So please don't stay in touch

Fuck you, fuck you, fuck you
Fuck you, fuck you, fuck you
Fuck you

You say you think we need to go to war
Well you're already in one
Cause it's people like you
that need to get slew
No one wants your opinion

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause we hate what you do
and we hate your whole crew
So please don't stay in touch

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause your words don't translate
and it's getting quite late
So please don't stay in touch

Fuck you
Fuck you
Fuck you



08 outubro 2009

Despedida de Solteiro (2)

Parecia feliz. Tomou mais uma dose só para acompanhar o amigo que chegou atrasado. Não estava bêbado, nem sequer "alto". Falava com todo mundo, prestava atenção como ninguém. O anfitrião perfeito.

Elogiava um novo brinco ali, ajustava cordialmente uma etiqueta ali, passava a mão para sentir os tão sedosos cabelos acolá. Se sumiu da festa, foi por no máximo quinze minutos para comprar mais uma caixa de cerveja na esquina. À noite veio a notícia.

Sua mãe foi a primeira a ligar:

– Meu Deus, homem! O que você foi fazer?!

Em seguida, seu irmão:

– Porque não falou nada comigo? Qual é, cara? Não podia ter feito diferente?

Foi preso pela manhã, já no limite do estado, onde calmamente se deliciava com a exótica carne cinzenta da receita do Hannibal Lecter. A sogra nunca acreditou em todo aquele jeito cortez. Sempre dizia que "aquele Conde Drácula" ainda ia acabar com sua filha. Ela nunca foi boa com filmes...

05 outubro 2009

Voo 7452 - De repente Natal...(parte3)

Desculpe pessoal, mas acho que a terceira parte desse texto não quer se completar. Mas resumidamente, posso lhes garantir: esse homem da Gol, que ficaria de retornar, não retornou. o documento que seria enviado para a Argentina, também não pode ser enviado, até porque, seria inútil e fora de tempo. Quatro horas após nossa chegada no aeroporto, naquela que seria a viagem de reconciliação da última crise, soubemos que nossas passagens de volta para o Brasil haviam sido marcadas pela empresa sem nos consultar, e nossas malas haviam sido previamente despachadas. Seis horas após pisar no solo mais hostil da minha vida, embarquei em novo avião rumo a Natal.

Devo informar-lhes que até então não tivemos como fazer nenhum registro do roubo sofrido por Maurício. Devo dizer ainda, que tivemos que fazer esse procedimento somente no aeroporto de Guarulhos. Vale ainda salientar que esse procedimento ainda não foi possível, pois chegamos apenas uma hora antes do próximo voo, rumo a Natal, e com a má vontade e lerdeza da escrivã não tivemos tempo de concluir o B.O..

Ah, vocês não podem deixar de saber que a tentativa de fazer o boletim de ocorrência fez com que nós perdessemos a hora para o check-in e eu tive que literalmente gritar aos quatro ventos, dentro do aeroporto de Guarulhos, que não esperaria mais um só minuto naquele aeroporto para voltar para casa. Poia bem, deu certo e o avião, que já se encontrava na pista taxiando para seguir seu rumo, foi interrompido, e nossa bagagem bem como eu e meu namorado, fomos levados às pressas ao avião.

Saímos às 5h01 do dia 30 de setembro de 2009 de Natal, chegamos aproximadamente às três horas do dia seguinte. Sujos, cansados, doentes e brigados. De romântica, essa comédia não teve nada, que dirá de engraçada...


01 outubro 2009

Voo 7452 - De repente Natal...(parte 2)

As cadeiras de metal, não possuiam qualquer conforto, nem mesmo uma almofada que amenizasse o frio que o metal conduzia rapidamente das muitas cadeiras próximas de cada portão de embarque. O saguão era grande, possuia pelo menos 11 áreas cheias de cadeiras como essas, mas com quase ninguém, seja funcionário, seja passageiro.

Além das áreas desérticas, bastante semelhantes àquelas onde Tom Hanks passou "cerca de um ano", em sua personagem Viktor Navorski no filme "Terminal" (só que pior, os jovens não teriam tanta autonomia para criar uma bela fonte construída com pedaços de azulejo, não mesmo), haviam as lojas, conhecidas como Free shop, decoradas com enormes cifras americanas, vendendo basicamente: chocolate, alfajor, itens esportivos, malas, cosméticos e cds de tango, em dólar.

Obviamente esses espaços "canibalisticamente" capitalistas eram povoados por seres semelhantes a pessoas, mas que, como os seres anteriormente encontrados, não tinham a menor noção de comportamento social, etiqueta ou direitos humanos. O rapaz, mais acostumado com aquela sonoridade enrolada e ríspida tentou um contato amigo. Pediu que alguém dissesse uma simples informação: onde comprar um cartão telefônico internacional ou trocar notas de pesos por moedas para usar os orelhões. Depois de dar duas voltas completas em todo o saguão (sim, ele era grande) os exaustos, já apresentando os primeiros sinais de sujeira nas roupas, os jovens encontraram o tal lugar. Após muitas tentativa de ajuda com relação a algo simples como o procedimento para ligar em um orelhão na argentina e ter como resposta um não sei bem ao estilo porteño de dizer "se vira idiota", o rapaz e a garota desfrutam dos primeiros raios de esperança.

A lan house não tinha o cartão telefônico, até porque, que graça teria se as coisas já começassem a dar certo? A história não renderia tantas partes, e certamente, o homem e sua companheira não teriam finalmente encontrado... uma mulher. Sim, finalmente encontraram um espécime vivo e lúcido de ser humano, com toda a capacidade cognitiva e requisitos mínimos para ser considerada humana: tinha sentimentos. Infelizmente a garota e o namorado ainda não tinham seu cartão em mãos para poderem finalmente se comunicar com sua família, explicar como estão, onde estão e porquê.

Contudo, agora o casal tinha em mãos dois pesos em moedas, dados pela bondosa e até assustada senhora do balcão da lan house, que permitiu finalmente que esses aventureiros ligassem para a empresa de turismo que acidentalmente os colocaram naquela saga, e para o Consulado Brasileiro na Argentina.

Neste momento, já se passavam duas horas desde a última vez que tiveram algum contato com um funcionário, seja brasileiro, seja da Gol. Conversaram com o vice presidente do Consulado. Tinham duas saídas, ou embarcariam no voo mais próximo para o Brasil, ou pediriam a alguém da família que enviasse algum documento que o identificasse.

Com essa informação, o casal buscou novamente funcionários da Gol para negociar essa possibilidade. Contudo, não diferente das situações anteriores, não havia um funcionário que os ajudasse nessa busca. Desesperados novamente, o casal sorrateiramente entrou em uma porta de acesso restrito, onde uma nova mulher de cabelos encaracolados e olhos expressivos (sim, outro espécime de gente habitava o lugar), assustada com as caras de terror estampadas nos jovens, resolveu ajudá-los. Ela contactou os funcionários da Gol para que viessem o quanto antes conversar com um casal perdido no saguão de embarque de voo internacional. A garota começava a passar de seus limites de otimismo, chorava copiosamente a cada obstáculo que aparecia. Não tinha mais forças. O rapaz, ficava "fora do ar" seguidas vezes, com olhar distante sem saber o que dizia, por sorte ou não, exatamente nos momentos em que a garota retomava seu juízo.

Passados trinta minutos, o tal funcionário aparece. A mulher do cabelo encaracolado segue seu rumo para trabalhar novamente e trava-se a conversa com o funcionário. Uma vez esclarecida a situação, novamente a informação: eles teriam duas "opciones": voltar pro brasil ou pedir o documento via avión.

O funcionário saiu em disparada, alegando a necessidade de ir despachar bagagens de um novo voo que acabara de chegar, deixando o casal novamente abandonado sem sequer ouvi-los quanto a decisão, de ficar e esperar pelo documento, ou seguir para o Brasil. Mas como garantiu sua volta para 20 minutos depois e fora confirmada a possibilidade, as palavras soaram como música. Sim, havia essa possibilidade. A garota em sua atitude pateticamente apaixonada, havia guardado como souvenir a carteira de identidade antiga do seu namorado, com aquela carinha engraçada de 15 anos que ela não chegou a conhecer.

Imediatamente, seguiram para a lan house onde por sorte a "manicaca" conseguiu falar com seu irmão (Deus abençoe o MSN) que largou seu trabalho na mesma hora, para levar o tal documento ao aeroporto e enviar a documentação em mala direta ao aeroporto de Buenos Aires. O casal, agora esperançoso, cuidou de buscar o tal funcionário da Gol que obviamente não retorno nem em vinte nem em 60 minutos, para avisar que sua situação em no máximo um dia, seria regularizada. Bendito seja o romantismo desenfreado.

Continua...

(Apenas esclarecendo aos leitores, essa história é verídica e bem atual. Os personagens, como se pode imaginar, sou eu, Mariana Araújo de Brito, e meu namorado, Maurício de Figueiredo Formiga Júnior, que embarcamos ontem rumo a Buenos Aires, no voo 1804 daqui de Natal, pela Gol, para o pior pesadelo de nossas vidas... Essa é a primeira parte de uma crônica-protexto, que pretendo divulgar aos quatro cantos do mundo, para que todos fiquem sabendo porque - hoje eu sei - brasileiros odeiam os argentinos...)

Voo 7452 - De repente Natal...(parte 1)



O nervosismo tomava conta do casal. Ansiosos, com um misto de alegria e insegurança, verificavam suas bagagens e documentações freneticamente momentos antes da partida. Uma até parecia que ia para a Inglaterra com sua dedicação britânica no tocante aos horários, acordando pontualmente às 2h da madrugada, chegando pontualmente às 2h30 da madrugada na casa dele e finalizando seu chek-in britanicamente às 3h da manhã. O outro já parecia mais ciente de seu tinerário: não dormiu, não pestanejou, nem mesmo respirou fora do ritmo, afim de não se perder com nenhum detalhe.


Seguiram para o avião. Apertado, como qualquer voo econômica que se despreze, mas a comida surpreendeu: nada de balinhas Toffe. Ela até brincou, puxou seu bloquinho de notas e passou a classificar os voos, não sabendo esta, que seriam tantos.


No primeiro voo, (Natal - Salvador) cadrápio interessante, biscoitos salgados e recheados, suco de laranja em caixa, pepsi, guaraná antártica e água mineral sem gás (essa mania de ser brasileiro, com certeza ela amou). Ah, e balinhas Setebelo sabor maçã verde, sua favorita. No segundo voo (Salvador - São paulo) o cardápio se repete, com alteração somente na marca da água, para o desprazer de ambos, e mudança do sabor da balinha, ainda Setebelo (sortido!). No terceiro e último vôo, a novidade: sanduiche natural com alface, peito de peru, catupiri, queijo mussarela e tomate em um pão super gostoso...delícia. Os líquidos, bom, se repetem.


Essa pseudofelicidade não poderia ter um fim mais trágico. Sairam do avião. A cabeça de um pesada mais que a do outro, seus ouvidos estalaram tanto durante os voos que temiam verificar se seus tímpanos ainda funcionavam plenamente e simplesmente ignoravam a sensação de surdez. E de repente,começa a história:


- Minha carteira! - Diz ele assustado e ainda desnorteado com as mudanças cosntantes de pressão no corpo.

Apalpou sua calça, onde deveria estar a carteira e imediatamente seguem de volta para o avião, ainda no corredor do desembarque.
Ela ainda fica uns instantes, revirando todas as bagagens de mão que levavam na esperança de encontrar a desparecida. Em vão.

Em espanhol que de fato não a interessava, compreendeu a forma até agressiva da funcionária do aeroporto, taxativa, mandando seu namorado voltar.

- Hacía no, por favor. No permitido entre usted en el avión.

Ele explica com nervosismo notório que sua carteira sumiu de sua calça e que já havia verificado seus pertences, constatando que não sairam do avião com ela, mas a mulher insiste que ele não poderia procurar a carteira, pois esta havia sumido, e ele não sabia se havia caído no avião ou se havia sido furtada.

Após longos 20 minutos de conversa, a equipe de profissionais, se é que podem ser chamados assim, seguem para o avião para fazer a varredura da aeronave, e como se pode imaginar, voltam sem resultado positivo. Neste momento, o casal jovem e desesperado, por saberem que todos os documentos do rapaz ali se encontrava, falam da possibilidade de furto, já que a garota havia pego na carteira minutos antes do desembarque para conferir os documentos.


Os funcionários, com tom arrogante e despreocupado os tangem, enviando-os a um saguão de embarque de voo internacional, afirmando que tomariam providências para ajudá-los com a nova situação: foram furtados e agora, o rapaz não ingressaria no país, perdendo sua viagem e abandonando sua namorada, em outro país.


Os passageiros deste voo seguiram em frente. Não houve revista de qualquer tripulante ou passageiro, nem retorno dos tais funcionários da Gol que "tomariam as providências". Agora, presos entre o saguão de embarque e o de desembarque, o jovem casal passaria o que seria o dia mais longo de suas vidas.
Continua...

(Apenas esclarecendo aos leitores, essa história é verídica e bem atual. Os personagens, como se pode imaginar, sou eu, Mariana Araújo de Brito, e meu namorado, Maurício de Figueiredo Formiga Júnior, que embarcamos ontem rumo a Buenos Aires, no voo 1804 daqui de Natal, pela Gol, para o pior pesadelo de nossas vidas... Essa é a primeira parte de uma crônica-protexto, que pretendo divulgar aos quatro cantos do mundo, para que todos fiquem sabendo porque - hoje eu sei - brasileiros odeiam os argentinos...)

Coleção Pingos de Quê - by Magaliana