27 novembro 2007

bancando a LILI

Ensinaram certa vez que devemos pelo menos uma vez na vida (adulta) voltar a tomar banho de chuva. E não vale aquele banho maldito de quem vai ou volta do trabalho com documentos importantes que obviamente não podia molhar, mas aquele bem caprichado do sem noção que se joga na poça mais próxima da patricinha escondida num canto coberto durante um show de rock, jazz, blues, ou qualquer merda que seja em local aberto.

Bom, caso você não seja daqueles robôs bloqueados pelos "bons costumes" da população, o banho pode sim ser aquele de quem volta ou vai para o trabalho (você sabe o resto), desde que:
1- você faça pelo menos um barquinho com uma página do tal documento;
2- pegue um transporte coletivo bem cheio de pessoas quentinhas e secas e passe pelo corredor espaçocamente feliz;
3- e claro, que tenha a certeza de que seu chefe vai demorar pelo menos mais uma hora para você arrumar uma boa desculpa para a página arrancada do documento estragado.

Então devemos tomar um banho, um bom e demorado banho de chuva para burlar a rotina. O banho de chuva passa da fase da limpeza parcial (bem parcial) do couro cabeludo e da sensação pegajosa dessa roupa que você nem gosta tanto. Trata-se de um momento de elevação espiritual. É o momento que dá aquela tênue vontade de soltar um pum bem quente que certamente seria notado pela bolha formada na roupa antes colada ao corpo e o odor característico que se espalharia por todo o ambiente fechado do transporte coletivo. É o momento em que acontece algo sumariamente vergonhoso e não te incomoda, pois você está feliz.

Tomem banho de chuva, meus amigos. Soltem puns e arrotos constrangedores. Paquerem o manequim da loja, ou dê petelecos em suas orelhas como alguns felizes já fazem. Ninguém vai entender, você vai ser mal visto e não vai ganhar nada com isso. Mas lembre-se: você também não poderá ser preso, ainda.

Um comentário:

Anônimo disse...

O texto meio sem noção meio sem pé nem cabeça... mais pau q tu ja fez!

KkkKkKk
Gostei pra KCT

beijo gata

Coleção Pingos de Quê - by Magaliana