01 julho 2010

Minha carta aos Pais

“'Pais e filhos não foram feitos para serem amigos. Foram feitos para serem pais e filhos.' Millor Fernandes que me desculpe mas sou obrigada a discordar. Somente verdadeiros amigos brigariam, implicariam e reclamariam tanto em busca do nosso bem.

Um pai que apenas é um pai certamente tem uma forte influência sobre o produto final: filho. Mas somente um pai ou mãe amigo é responsável, testemunha e cúmplice da realização pessoal e social de um filho, vivendo desventuras e alegrias tais quais a que nós vivenciamos aqui, hoje.

Se há muitos conflitos e se em vários momentos injustamente suspiramos um 'não enche', nada mais natural entre pessoas que realmente se conhecem, e que, sem sombra de dúvida se amam. Pessoas que não se amam não se importam, não se incomodam, nem aborrecem ninguém.

É muito fácil perceber as brigas cotidianas, mas como é difícil falar da fé daquele abraço apertado, do cuidado no olhar preocupado de quem sabe ver algo escondido no nosso semblante, e ainda, o detalhe daquela comida tão bem temperada, feita pensando na gente.

Tenho certeza que posso talar por todos aqui ao dizer que nós notamos, assimilamos e agradecemos todas essas mensagens afetuosas passadas timidamente por vocês, pais, que temem dar bandeira para assim não perder a autoridade de pai, e de mãe.

Então nós fingimos. Fingimos a rebeldia própria dos novos adultos, tão certos de que sabem bem o que querem. E vocês? Vocês fingem nos criar para o mundo, deixando, claro, os braços abertos para acolher suas crias ao menor sinal de perigo.

Não importa o quanto aparentemos próximos ou distantes, presentes ou ausentes, suas feições, manias e atitutes estão impressas em nós, determinando assim, seus lugares em nossos corações, bem como ao nosso lado, fisica ou espiritualmente, no destino para o qual vocês nos levam: o topo.


Esse foi o texto que eu fiz e de forma trêmula recitei durante a minha formatura, evitando os olhares dos meus pais, claro, para não chorar logo. Hoje, eles não estão ausentes, não estão brigados, eles não completam aniversário. Não fazem bodas de coisa alguma, nem é dia dos pais ou das mães. Mas eu quero, hoje, lembrá-los deste momento. Porque hoje eu me vi adulta, planejando meu futuro, trabalhando e sendo reconhecida de uma forma ou de outra pelos meus feitos, e eu devo tudo isso a eles. Eu quero hoje reafirmar estas palavras que não foram escolhidas apenas para que as pessoas aplaudissem a capacidade oratória (que não existiu mesmo, no momento), mas justamente falar para eles, diante de todos, o quanto os adoro. Vocês sempre foram, e sempre serão minha referência, se não para tudo, mas para a maioria da minha vida. Vocês estão me levando a este caminho do qual tenho certeza que é grandioso. Mainha, eu te amo. Painho, eu te amo.

Fica em seguida um link super bacana do blog Histórias de vida do RN, que tem ótimos documentários, mas este, em especial, tocou mais, pois fala justamente sobre isso: nossos pais.

4 comentários:

Formigando disse...

É guelal brando esse texto.

Seus pais são Mara!

bjo minha Dinla!

Anônimo disse...

Lindo! Sou canceriana besta, então chorei mesmo! hehehhee

Janine França disse...

que linddo!!!

gatissima espero que esteja pronta para pegar suas senhas do show de amanha!!! PARABÉNSSS!!

ta rolando outra promo la no Bióloga

vou passar teus contatos para pry, só para confirmar.

bjbjbj

Carol Garcia disse...

fazia tanto tempo que não vinha aqui, e ke bom que seu futuro já ta super encaminhado e tals.
pais e mães são amigos sim e nunca vou concordar com quem discorda. são as pessoas mais importantes das nossas vidas e eles devo tudo que sou e vou ser.
:D

Coleção Pingos de Quê - by Magaliana