24 outubro 2008

Prontinho Sah, respondido!

Bom gente, assim como Sah, eu não sou lá muito presente aqui no universo blogóptico, rs...mas aceitei o convite e cá estou para expor um pouco daquela que está por trás dessas pequenas loucuras, rs...


Nome: Mariana Araújo de Brito (e se me chamarem de cabrita morrem)
Idade: 22
Local de Nascimento: Natal-RN, mermu cantim que vivo.
Peso: Vixe, capaz eu saber até as gramas pq tá perto de uma sessão de fotos, rs...61,5 kg.
Altura: 1,72m
Apelido de infância: Maricota

Qual é a sua maior qualidade?
Olha, após perguntar aos universitários, descobri que sou, antes de qualquer coisa, divertida.

E seu maior defeito?
Essa nem precisei consultar ninguém, sou impaciente e impulsiva, não dá pra separar os dois, são os dois e pronto. Rs

Qual é a característica mais importante em um homem?
Ok, tou indecisa, mas fica entre o caráter e a sinceridade.

E em uma mulher?
Muda muita coisa não, é, muda não.

Qual é a sua idéia de felicidade?
Olha, no 1º semestre da faculdade fiz um ensaio onde defendia a inexistência da felicidade. Com um enbasamento teórico até bacana, que ía de Epicuro a Dalai Lama, vi que não existe felicidade no mundo ocidental, mas a pseudofelicidade, está eu defino como o maior conforto consigo mesmo e interação mais pacífica e dinâmica com a sociedade. (complexo, eu sei)

E o que seria a maior das tragédias?
Me tornar apática com o mundo.

Quem você gostaria de ser se não fosse você mesmo?
Uma versão feminina do Maurício de Souza? rs

E onde gostaria de viver?
Bem, se eu fosse corajosa e tivesse verba, moraria sozinha ou com amigos, aqui mesmo na minha cidade, um tikinho mais perto da orla ou perto da universidade, pq orla é caro demais.

Qual é sua cor favorita?
VERMELHO: ENERGIA VITAL! (alguém teve dúvida alguma vez na vida, ao visitar esse blog? rs)

E o seu desenho animado?
Filme: Monstros S.A., Seriado: Sailor Moon, kkkkkkkkk

Quais são os seus escritores preferidos?
Bem, começando: Lygia Boojunga pq me retratou (se acha) bem direitinho em A Bolsa Amarela, daí vem Machado de Assis, Luís Fernando Veríssimo, meu grande amigo Tasso Soares, Rubens Braga, Olavo Bilac, Fernando Pessoa, Junqueira Freire, Lewis Carroll, Ignácio de Loyola Brandão, Clarice Lispector, Cecília Meireles, meu professor João Andrade tb manda muito bem nos contos...ai gente...é muuuuita gente mesmo, fica difícil falar todos, mas aí estão os de maior influência.

E seus cantores e / ou grupos musicais?
Adoro Roberta Sá, da terrinha aqui; curto muito Pato Fu, Engenheiros; gosto de Capital Inicial e ira!; dou valor ao sarcasmo de Lilly allen; choro aqui e acolá ouvindo Cazuza ou Cássia Eller (ah bando de infeliz pra morrer cedo, deu nem pra ver o show); Amo Geraldo Azavedo, Zé Ramalho, Xangai, Elba Ramalho...curto o Tremendão...Me derreto com as músivas do Elvis e dos Beatles...ah, gente, gosto de muuuuuita coisa...jazz, blues, R&b, metal, rock...até um ou dois forrós pé de serra, rs

O que te faz feliz instantaneamente?
Ai, num tem preço qdo alguém lhe sorri até com os olhos.

Quais dons você gostaria de possuir?
O dom da paciência, principalmente, rs, e o dom de cantar com voz de veludo.

Tem medo da morte?
Nadinha.

Quem é seu personagem de ficção favorito?
Magali! kkkkkkkkkk...é meu apelido de adolescência, mas queria não engordar como ela! huahauhahuahauhau..e ela é tãããão meiguinha, queria ser assim.

Qual defeito é mais fácil de perdoar?
Acho que a inconstância, já que não sou tão diferente.

Qual é o lema de sua vida?
"Continue a nadar" rs (caraca, tou me revelando uma "boytica" nesse questionário, rs, mas vcs entenderam).

Qual sua maior extravagância?
350 reais gastos em divinos chocolates!

Qual sua viagem preferida?
Hum, das que fiz até hoje, Rio de Janeiro, pois era pirralha e fui sozinha com o povo mais insano da face da terra, e ainda tirei uma onda de atriz, huahauha.

Se pudesse salvar apenas um objeto de um incêndio, qual seria?
Ok, o quadro que pintei pra mainha e Butuca.

Qual é o maior amor de sua vida?
Minha mãe.

Onde e quando foi mais feliz?
Aixi, complicada essa. posso dizer onde, Gramado.

Qual é sua ocupação favorita?
Escrever e desenhar.

Pensa em ter filhos?
Tento...

Quantos?
Se tiver...dois, que é pra num ter nenhum mimado, mais que isso, perderia os cabelos.

Um animal de estimação: EU QUERO UM CACHORRINHO!
Uma atividade física: andar e nadar sempre que posso...e muito!
Um esporte: natação.
Um prato que sabe fazer: EU NUM SEI COZINHAR! Mas dizem que meus sanduíches são bons e as saladas de verdura não tem gosto de mato, rs.
Uma comida que adora: SALADA!
Uma invenção tecnológica sem a qual não vive: O computador, obviamente!
Gasta mais dinheiro com: Comida.
Uma inabilidade: Cozinhar.
O que não faria em nome da vaidade? Plástica, eu lá vou me mutilar e passa runs 3 meses gemendo, é um tanto paradoxal essa galera que se diz vaidosa e faz isso, rs.
Uma mania: estalar dedos, colunas e ficar de ponta de dedo do pé.
Uma saudade: Vó Maria.
O primeiro beijo: Batalhado, kkkkkkkkkk.

Acabou no primeiro beijo? Como é que pode? rsrs....

21 outubro 2008

Poema

Desbaratinada sob a tormenta do pensar,
Sigo linhas tortas, ligeiramente apagadas.
Levanto voo trôpego, fugindo por acolá.
Carrego sangue novo, pois o velho a de falhar.

Fujo da revelação vibrante e pungente,
Fecho forte os olhos, durmo inconsequente,
Até mais tarde levantar fingindo a vida inexistente.
E agonizar com o resultado de quem mente.

Vampiresca, tomo vida, trago morte.
Finjo, fujo, esvazio algum sem sorte.
Salvo algum que aparente punho forte.
Destruo tudo, sem desejo ou por esporte.

17 outubro 2008

Madalena

Buscava somente uma oportunidade de libertação. Não esperava mais do que simplesmente uma breve sensação de respirar uma nova atmosfera, enxergar um distinto horizonte, e dormir em uma hora diferente algum dia.


Preparou-se para isso durante anos. Todos os dias conservava uma maleta de emergência, com roupas, acessórios e até mesmo alimentos, sistematicamente trocados para não ser pego de surpresa, seja com uma camisa amarrotada, seja com um biscoito "verde". Trabalhava mais do que necessitava a fim de preservar uma boa quantia no fim do mês, para a grande empreitada.


Hoje Rafael acordou diferente. Enjoado e dolorido, não verificou a maleta, não leu o jornal. Não foi trabalhar. Ficou ali, parado no meio da casa, de calça de flanela e pantufas do Garfield. Não tinha idade para tal aparência, mas não se importava.


Foi à geladeira e notou que não havia comida. Tomou rumo ao quarto a fim de trocar-e para comprar o pão quando se assustou em ver que não lhe sobrara uma única peça de roupa limpa nesta semana. Tomou um banho rápido com o toco de sabonete e um melado de xampu que lhe restara. Vestiu a roupa menos amarrotada com tamanho nojo que se podia jurar que estava pisando em excremento.


Olhou para a casa. Percebeu que de tanto pensar na bendita fuga, não se importou com a falta de condições em que vivia: sem comida, sem roupas engomadas ou produtos de limpeza... Mesmo depois de tanto esforço.


Olhou para a maleta com raiva. Abriu rapidamente, com real intenção de destruí-la bem como que houvesse lá dentro. A real culpa era dela, a maleta reluzente de couro. Ficou tão extasiado ao ganhá-la em seus 20 anos que não parou mais de pensar o que viveria com aquela maravilha. Mochilas e malas não seriam mais adequadas? De modo algum, elas foram feitas para isso. Não teria graça. Mas uma maleta, travestida de executiva em meio à poeira do sertão, à brisa de uns Alpes ou mesmo encharcada num mar agitado, isto sim, teria significado. Seria a improvável vida existida de um acessório junto a uma improvável liberdade de um escravo da rotina.


Agora pensava tragicamente. A maleta não era a resposta, mas seu carma. Deixou-se levar tanto pelo anseio de viver essa metamorfose ambulante que se tornou escravo da maleta. Deixou de viver e suprir necessidades essenciais à vida de um homem em função da perfeita organização de um objeto.


Bom, juro que ele pensou nisso por um tempo, mas o brilho da fivela; o organizador de meias dividindo os biscoitos, a bússola e o patê; as camisas (uma social, uma florida e uma básica de tom pastel); a bermuda; o calção de banho; a Aspirina e o Merthiolate... Não, não podia resistir a toda aquela cultura e elementos tão sedutores, essenciais naquela situação que tanto ansiava viver.


Pegou a bermuda e a blusa florida, comeu um biscoito com patê. Foi ao supermercado comprar as coisas para fazer a faxina e abastecer a cozinha. Mas amanhã ele repõe a “Madalena”.

Coleção Pingos de Quê - by Magaliana