24 abril 2008

Memó...lembr...aquilo lá

"A primeira impressão é a que fica", quantas vezes não ouvi isso?
Não importa, para mim, não funciona assim. Não é que eu seja totalmente mente aberta, desprovida de preconceitos, uma santa. Pelo contrário, sofro de uma bruta xenofobia, que luto dia após dia para controlar e não suporto fumantes, muito menos fazendo anéis de fumaça. Mando para o inferno.
O fato é que sofro de uma crônica falha na memória recente. Sério, vejo-me qualquer dia desses me casando com alguém que "nunca vi na vida", tendo filhos que "nunca pari", assistindo a todo esse "não-acontecimento" por um dvd caseiro.
Sou como toda mulher, meramente contraditória. Mas não porque pretendo complicar a vida de algum homem a ponto de seduzi-lo e enlouquecê-lo deixando-o completamente cego para o que houver além de mim. Não, até porque não acredito nesse tal poder feminino. Eu sou contraditória porque sempre esqueço aquilo que penso. Uma hora um homem me faz ferver de raiva pelo seu caráter ogro. Em outro instante (não necessariamente muito distante) simplesmente me entrego a cabeça para o cafuné. Adoro isso, esqueço aquilo.
Um dia esse esquecimento me rende uma prisão. Já imaginou se por acaso eu como em um restaurante e simplesmente esqueço de pagar? Credo, seria o fim de todo o meu pouco orgulho de viver ( e olhe que estou apenas pensando em um prato de comida esquecido...).
Talvez até, esse maldito jeito Dori de viver me renda o fim da mais maravilhosa ex-futura história de amor. Talvez um lapso me leve à morte.
Corro sérios riscos de ser mal interpretada, dia após dia. Meu esquecimento me consome meus poucos 20 anos e alguma coisas memoráveis. Terrível mesmo.
Mas nunca esqueço da primeira vez que vi o Chacrinha receber Ney Matogrosso (a la Secos e molhados) na telinha da tevê. Eu tinha dois anos. Também lembro nitidamente do cheiro e da textura da mão da minha avó, que já passou para melhor há 17 anos.
É incrível como minha memória antiga é tão recente. E como minha memória recente é tão inútil. Minha esperança é que um dia a memória esquecida, digo, recente, venha a ser memória antiga, e deste modo, lembrada. Que susto eu teria em lembrar a blusa, o cheiro e a música que ouvia na primeira vez que beijei "aquele menino"! è como lembrar da reboladinha do Ney Matogrosso hoje em dia! Fantástico.
É, não vejo muita saída para mim. Se nem minha infantilidade (justificada pela tática de exercitar a memória, impedindo que "o alemão" se instale em minha mente) funciona, não vejo muito em que me firmar, a não ser na esperança de que um dia as memórias voltaram. Só espero não causar ou sofrer um choque muito brusco quanto à imagem que tenho das pessoas que me rodeiam. Gosto daquilo, esqueço isso.

8 comentários:

Clever Cesar disse...

O que me cativa em Mari é que todo dia ela tem algo novo pra demonstrar. Quando vc está com ela conversando seriamente ou não vc sempre vai se espantar com o modo de pensar e agir dela.

Fora que ela é uma das únicas pessoas que conseguem conversar diversas coisas ao mesmo tempo comigo sem perder nunca o foco.

Rááááá eu amo ela.

Carol Garcia disse...

o texto eu acheeeio meio cumplicado de uma pessoa como eu entender , entende néh ?
mais depois de le tres vezes eu adoreeei isso ^^
eu tbm tenho certeza que nao eh a primeira impressão que fica ;
e que tem coisas que são tão dificeis de entender que eu prefiro nem tentar lembrar principalmente relacionado a memoria !
Bj :)

Antonio Ximenes disse...

Mariana.

Eu me identifiquei com esse texto.

A memória da gente é muito interessante.

Algumas lembranças a gente guarda... umas a gente deleta involuntariamente... outras a gente "melhora" para parecerem mais aceitáveis... rs.

Eu esqueço alguns aniversários... mas não consigo esquecer o primeiro beijo... a primeira vez que dirigi um carro... rs.

Lembro da minha coleção de quadrinhos da DC Comics.

Lembro da primeira vez em fui para o CINEMA... (até hoje isso é mágico pra mim).

Continuo mantendo a criança dentro de mim... para nunca deixar de me admirar com as novidades que aparecerem.

Essas novidades vão se tornar "novas" memórias... rs.

Abração pra tu.

Formigando disse...

rsrsrs

parece q foi escrito de frente a um espelho, de tão bem descrito!

digo, ofende?
rs

Eu experimentei o maior lapso de memória na vida, de maneira hilária (pelo menos pra mim rs), no pós cirúrgico do joelho.

=p

Outro problema de memória ocorreu quando perdi todo o HD do antigo PC

:(

Beto_Leite disse...

eu ia fazer um comentário daquilo ali que eu gostei.

mas esqueci!

talvez no futuro eu remexa os arquivos desse blog e comente!


hehehehe

muito bom!

Alessandra Castro disse...

Ahhhh eu as vezes julgo pela capa, mas como as vezes sou eskecida tb, tolero o que antes tinh pensado.

:D

Gostei do seu blog, voltarei mais vezes!

Capitão-Mor disse...

Que eu saiba a xenofobia manifesta-se contra outras raças e grupos étnicos!!! LOL!!!!

Não está querendo falar de simples intolerência?

Anônimo disse...

minha memória rescente é boa + as vezes falha agora a antiga é perfeita. lembor de coisas que eu uns 4 anos...rsrs

beijokas

Coleção Pingos de Quê - by Magaliana